Você tá ligado? Esse termo, usado quase como uma pausa, me faz questionar se realmente estamos conscientes do que ocorre ao nosso redor.
A canção diz: "Se há uma crise lá fora, não fui eu que fiz." No entanto, os conflitos, mesmo distantes, nos afetam profundamente. Não podemos permanecer indiferentes diante da violência, seja ela institucionalizada por países ou decorrente da ausência do Estado em comunidades vulneráveis. Neste cenário, uma linha divisória nítida separa cidadãos de primeira e segunda classe.
Quando o absurdo explode na periferia, parece distante, contido em seus próprios limites. Mas quando o caos se instaura nas principais vias das grandes cidades, o alerta soa alto, clamando por ações urgentes.
Somos seletivos na percepção, sem notar como a violência se espalha velozmente, como pólvora ao vento, até alcançar os mais diversos recantos de nossas frágeis cidades. Eventualmente, percebemos que, no fim das contas, não haverá salvação sem um fim à desigualdade.
Conectar-se à fonte do conhecimento e distribuí-lo como uma energia renovadora pode mudar o mundo. Contudo, a iniciativa necessária para impulsionar políticas públicas não depende apenas da boa vontade dos governantes, mas de uma sociedade atenta e consciente, capaz de mobilizar-se para fazer toda a diferença.
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