Arariboia: o eterno vigia da Invicta Nichterói
- Márcio Kerbel
- 12 de abr.
- 2 min de leitura

Como incansável defensor de sua terra, Arariboia permanece, agora, de frente para a Baía de Guanabara — eterno vigilante, atento a qualquer tentativa de invasão dos corsários desavisados que ousarem se aproximar das águas ocultas da antiga capital do estado. Afinal, estamos falando da Invicta Nichterói, cidade que ao longo da história demonstrou uma extraordinária capacidade de se reinventar.
Desde os tempos em que perdeu o título de capital para a imperial Petrópolis — e depois o retomou — até a nova perda de status com a transferência da capital para o Rio de Janeiro, Niterói aprendeu a enfrentar suas crises com coragem e criatividade. A cidade não se acomoda: se reconstrói, se reposiciona, se reafirma. Um espírito resiliente que atravessa gerações.
Com a fusão dos estados consolidada, coube a Niterói buscar novos caminhos. E ela os encontrou. Tornou-se polo de conhecimento, de serviços especializados, de cultura vibrante e de um turismo que, cada vez mais, descobre encantos únicos entre praias, trilhas, museus e o horizonte que se abre sobre a Baía.
Aos poucos, a cidade foi redescobrindo a si mesma. Reforçou sua identidade, consolidou seu charme. O que era visto como perda virou vocação. E o que parecia passado revelou-se promessa de futuro.
Nesse contexto, a polêmica em torno da mudança de lugar da estátua de Arariboia não se sustenta. Posicionada agora em frente ao Espaço Cultural dos Correios, com a Baía à sua frente e uma nova iluminação em LED, a escultura está mais valorizada — como deve estar um símbolo de orgulho e reverência a quem fundou a cidade.
Arariboia não perdeu sua majestade. Pelo contrário, ganhou um novo cenário à altura de sua história. Um novo posto de vigia. Um novo olhar sobre a cidade que ajudou a construir — e que segue firme, altiva e Invicta.
Foto: Divulgação
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