Lula defende soberania e negociação em reunião ministerial no Planalto
- Redação RT Notícia
- 26 de ago.
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Presidente reforça multilateralismo, critica tarifas dos EUA e pede mudanças na governança global

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conduziu nesta terça-feira (26) a segunda reunião ministerial de 2025, no Palácio do Planalto. Ele destacou a defesa da soberania nacional, a importância da negociação internacional e a necessidade de mudanças nas instituições de governança global.
Durante o encontro, Lula afirmou que o Brasil não aceitará ser tratado como subalterno em negociações comerciais e políticas, reforçando a busca por consensos em condições de igualdade.

"Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é a sermos tratados como se fôssemos subalternos.”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Tarifas dos EUA e impactos no Brasil
As tarifas de até 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros foram um dos principais pontos discutidos. O vice-presidente Geraldo Alckmin detalhou que 41,3% das exportações brasileiras ficaram de fora dessa taxação, como aeronaves, suco de laranja e ferro-liga.
Outros 23,2% das exportações estão na chamada Seção 232, que aplica tarifas unificadas globalmente. Já 35,6% dos produtos brasileiros, como café, carne, pescado e frutas, permanecem na lista dos 50%.
Programa Brasil Soberano
Alckmin anunciou o lançamento do programa Brasil Soberano, que prevê medidas de apoio a exportadores e trabalhadores. O plano destina R$ 40 bilhões em recursos do Fundo Garantidor de Exportações e do BNDES para crédito e financiamento de setores estratégicos.
Relações com o México
Ainda nesta terça-feira, Alckmin iniciou viagem oficial ao México, acompanhado de ministros e empresários. A comitiva terá encontros para ampliar parcerias nos setores agrícola, energético e industrial.
Crises globais: Ucrânia e Gaza
Lula também comentou a guerra entre Rússia e Ucrânia, destacando os altos custos financeiros e humanitários. Sobre a Faixa de Gaza, classificou a situação como genocídio e cobrou maior atuação da comunidade internacional.
Governança internacional
O presidente voltou a defender a ampliação do Conselho de Segurança da ONU. Segundo Lula, mudanças estruturais são necessárias para garantir a capacidade de intervenção em crises humanitárias e conflitos armados.
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