Filmes Recomendados no Festival do Rio 2025
- Rudá Lemos

- 3 de out.
- 16 min de leitura

Texto escrito por Rudá Lemos e Mateus Nagime
O Festival do Rio 2025 começou e aqui elencamos os filmes recomendados baseado em três critérios: filmes que conquistaram prêmios em outros festivais; películas de diretores com prestígio; e outros em que suas temáticas despertaram nosso interesse por si.
Não iremos nos aprofundar na sessão Futuros Possíveis, já que não são filmes inéditos nos cinemas. Mas por alto, podemos definir como destaques: Dahomey; Memória; Martírio; Era o Hotel Cambridge; Estamira; Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos; Ilha das Flores; Recife Frio; Timbuktu e O Sal da Terra. Entre os Clássicos restaurados, indicamos com fervor Apocalypse Now e Eu, Tu, Ele, Ela.
Vamos agora aos filmes novíssimos:
Longa-metragens premiados
“Living the Land”, de Huo Meng
Prêmio de melhor direção no Festival de Berlim trata das mudanças socioeconômicas no progresso da China.
“O Agente Secreto”, de Kléber Mendonça Filho
Grande expoente do cinema nacional, balançou o Festival de Cannes, conseguindo uma rara dobrada de prêmios (direção e ator para Wagner Moura).
“Surda”, de Eva Libertad
Esse registro sobre inclusão foi Prêmio do Público da seção Panorama do Festival de Berlim 2025
“Frutos do Cacto”, de Rohan Parashuram Kanawade
Filme indiano assim recomendado por Diego Batlle: "es un film que exige paciencia, pero regala intimidad, sensibilidad, humanismo y belleza". Vencedor do Grande Prêmio do Júri em Sundance.
“Nino de Sexta a Segunda”, de Pauline Loquès
Théodore Pellerin, ator canadense revelado por Philippe Lesage, venceu prêmio de Estrela em Ascenção na Semana da Crítica do Festival de Cannes por essa reinterpretação de Cléo das 5 às 7. Um jovem passa um fim-de-semana revendo amigos e lugares após ser diagnosticado com câncer e antes de começar a quimioterapia.
“A Mensageira”, de Iván Fund
Drama uruguaio, vencedor do prêmio do júri no último Festival de Berlim.
"O Olhar Misterioso do Flamingo", de Diego Céspedes
Elogiado filme queer chileno foi sensação em Cannes, onde venceu a mostra Um Certo Olhar. "Diego sabe escrever e filmar a felicidade sem uma blindagem utópica - por si só, isso já é demais." (Arthur Gadelha)
“Se Eu Tivesse Pernas, Eu Te Chutaria”, de Mary Bronstein
Rose Byrne venceu prêmio de melhor interpretação em Berlim e é uma das favoritas ao Oscar. O júri premiado por Todd Haynes comentou que “sua performance vibra fora da tela, nos carregando para a escuridão”.
“Sobre Tornar-se uma Galinha d'Angola”, de Rungano Nyoni
Um dos filmes mais elogiados de 2024, esse estudo sobre a vida de uma família de classe média no Zâmbia só chega agora aqui, mas antes tarde do que nunca. Vencedor de Melhor Direção na mostra Um Certo Olhar em Cannes.
“A Vizinha Perfeita”, de Geeta Gandbhir
Prêmio de Melhor Direção de Documentário Norte-Americano no Festival de Sundance 2025, é considerado um dos favoritos ao Oscar de documentário ao tratar de um assassinato infantil que chocou os EUA.
“A Hera”, de Ana Cristina Barragán.
Filme equatoriano sobre interesses e desejos obscuros. Vencedor de melhor roteiro na mostra Orizzonti em Veneza,
“A Useful Ghost”, de Ratchapoom Boonbunchachoke
Vindo da Tailândia "es al mismo tiempo una comedia surrealista, una historia de fantasmas y una reflexión sociopolítica sobre el pasado histórico de su país (@miguelareina). Vencedor da Semana da Crítica no Festival de Cannes e representante da Tailândia ao Oscar.
“Aquilo que você mata”, de Alireza Khatami
Película turca vencedora de melhor direção em Sundance. Um filme de segredos de família
“A Sapatona Galáctica”, de Leela Varghese e Emma Hough Hobb
Animação de aparência muito louca que venceu o prêmio Teddy no Festival de Berlim de filmes LGBTIs
“Saint Omer”, de Alice Diop
Trama judicial vencedora do Grande Prêmio do Júri do Festival de Veneza de 2022
“A Hibernação Humana”, de Anna Cornudella
Ficção científica que venceu o Prêmio FIPRESCI no Forum da Berlinale 2025.
“Valor Sentimental”, de Joachim Trier
Diretor de “Oslo, 31 de agosto” e “A Pior Pessoa do Mundo” em um filme “meio americano” com Ella Fanning, vencedor do Prêmio Especial do Júri em Cannes e que é apontado como um dos favoritos ao Oscar.
“O Riso e a Faca”, de Pedro Pinho.
Filme com mais de 3 horas e meia pode parecer exigente, mas vale a recompensa, especialmente ao se assistir no cinema. Co-produção portuguesa e brasileira mostra um engenheiro bissexual português que vai para Guiné-Bissau e se envolve com um homem e uma mulher. Cleo Diára Levou o prêmio de Melhor Atriz na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes 2025.
“A Ilusão da Ilha de Yakushima”, de Naomi Kawase
Novo filme da experiente diretora japonesa, estreou na competição em Locarno.
“La Grazia”, de Paolo Sorrentino
No último Festival de Veneza, o icônico ator italiano Toni Servillo viralizou no mundo cinematográfico brasileiro ao receber o prêmio de melhor ator do Festival de Veneza pela mãos de Fernanda Torres. Além disso, foi a escolha para filme de abertura do mesmo festival.
“A Voz de Hind Rajab”, de Kaouther Ben Hania
Diretora do ótimo “As Quatro Filhas de Olfa”, indicado ao Oscar, no filme-sensação de Veneza, onde ganhou o Prêmio Especal do Júri. Inspirado na morte real de uma garota de seis anos em Gaza.
“Rompendo Rochas”, de Sara Khaki e Mohammadrezza Eyni
Documentário iraniano, muito elogiado em Sundance, onde venceu o Prêmio do Júri na categoria Documentário Mundial. Trata da primeira mulher iraniana eleita para a vereança de sua aldeia
“Twinless”, de James Sweeney
Vencedor do Prêmio do Público no Festival de Sundance, causou furor quando cenas de sexo com Dylan O’Brien vazaram na internet. Um dos filmes americanos mais elogiados do ano.
“Um Poeta”, de Simón Mesa Soto
Representante colombiano no Oscar, Prêmio do Júri na Mostra Um Certo Olhar, sobre a aproximação de um escritor frustrado e uma jovem poeta.
“A Vida Secreta de Kika”, de Alexe Poukine
Filme sobre maternidade que recebeu o Grande Prêmio da Semana da Crítica em Cannes 2025.
Longa-metragens de cineastas que costumamos gostar
“Hamnet: A Vida Antes de Hamlet”, de Chloé Zhao
Chloé Zhao, oscarizada com o sensível “Nomadland” volta ao cinema independente. Paul Mescal é William Shakespeare. O filme-sensação de Toronto, que explora as origens de “Hamlet” já é considerado um dos grandes favoritos ao Oscar, especialmente Jessie Buckley, que interpreta a esposa do bardo.
“Depois da Caçada”, de Luca Guadagnino
Filme de Abertura do Festival do Rio e estrelado por Julia Roberts, o drama sobre uma crise no departamento de filosofia da Universidade de Yale não teve uma recepção muito calorosa em Veneza - mas que pelo diretor vale a conferida.
“Dois Procuradores”, de Sergei Loznitsa
Uma das poucas ficções de Loznitsa, diretor ucraniano, é protagonizado por um advogado idealista na União Soviética em 1937, auge do stalinismo.
“Nossa Terra”, de Lucrecia Martel
Exibido fora de competição no Festival de Veneza, documentário explora as mazelas do colonialismo a partir do assassinato de Javier Chocobar
“A Magnificent Life”, de Sylvain Chomet
Diretora da seminal animação As Bicicletas de Belleville - só dizer isso já basta.
“#SalveRosa”, de Susanna Lira
Habitué com documentários, tendo realizado Torre das Donzelas, Fernanda Young e Mussum, Susanna realiza agora uma ficção sobre celebridades de internet. A sessão ainda conta com o curta “Meu Amigo Satanás”, de Aristeu Araújo e Carlos Segundo, cineasta com prêmio em Locarno.
“Orphan”, de László Nemes
Do diretor do prestigiado Filho de Saul narra a história de um menino em contexto de guerra.
“(Des)controle”, Rosane Svartman e Carol Minêm
Tendo realizado a surpresa Câncer com Ascendente em Virgem, Rosane está em estado de graça, transformando a fórmula televisiva em maior apuração artística.
“A Onda”, de Sebastián Lelio
Autor de Uma Mulher Fantástica e Gloria, o cineasta mostra a polarização política chilena.
“Futuro Futuro”, de Davi Pretto
O elogiado diretor de Castanha e Rifle aqui traz uma ficção científica usando a inteligência artificial como dispositivo.
"Madre", Teona Mitesvka
“Deus é Mulher e seu Nome é Petúnia” foi uma das grandes surpresas da Mostra de SP em 2019, então automaticamente ficamos curiosos com esse cinema da Macedônia
“Aisha Can't Fly Away”, de Morad Mostafa
Raro exemplar vindo do Egito, agora numa história de uma cuidadora e sua relação amorosa com um gângster.
“As Correntes”, de Milagros Mumenthaler
Diretora argentina do seminal Abrir Puertas y Ventanas, de volta agora com uma história sobre sensações e memórias, em filme muito elogiado em Toronto.
“Olmo: Entre o Dever e a Festa”, de Fernando Eimbcke
Do autor da interessantíssimo Temporada dos Patos, aqui retoma ao gênero de drama familiar.
“90 Decibéis”, de Fellipe Barbosa
Filme que lida com a surdez do mesmo diretor de Casa Grande e Gabriel e a Montanha
“Ato Noturno”, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher
Novo filme queer dos diretores de Tinta Bruta, chega ao Brasil depois de estrear em Berlim.
“Cadernos Negros”, de Joel Zito Araújo
Diretor do documentário “A Negação do Brasil”, filme fundamental sobre a representação negra no audiovisual do país. Chega agora com esse retrato do periódico Cadernos Negros, importante obra literária afrobrasileira.
“Copacabana, 4 de Maio”, de Allan Ribeiro
Diretor de “Esse Amor que nos Consome” e de curtas que mostram uma paixão pelo bairro, faz um retrato da expectativa pelo show da Madonna
“Dolores”, de Marcelo Gomes e Maria Clara Escobar
Do mesmo diretor de Cinema, Aspirinas e Urubus - não precisamos dizer mais nada.
“A Vida de Cada Um”, de Murilo Salles
Com carreira prolífica tanto como diretor como diretor de fotografia, Murilo traz um drama familiar de um comandante da PM.
“Na Onda da Maré”, de Lucia Murat
Uma das principais diretoras da atualidade, teve um filme premiado em Berlim este ano. Aqui revisita em forma de documentário os bastidores do seu filme Maré, Nossa História de Amor.
“Honestino”, de Aurélio Michiles
Segredos do Putumayo é um grande filme sobre a exploração da borracha no país - então aguardemos com alta expectativa essa mistura de ficção e documentário com atuação de Bruno Gagliasso.
“Anos 90: A Explosão do Pagode”, de Emílio Domingos e Rafael Boucinha
Especialista em documentários sobre gêneros de música como Batalha do Passinho e Black Rio! Black Power!, Emilio traz agora sua visão sobre o pagode.
“Massa Funkeira”, de Ana Rieper
Diretora dos seminais Vou Rifar Meu Coração e Clementina, Ana Rieper volta a falar de música, dessa vez sobre o funk brasileiro.
“Cheiro de Diesel”, de Natasha Neri e Gizele Martins
Natasha Neri fez um importante filme sobre a violência policial em Auto de Resistência. Aqui documenta a ocupação militar nas favelas.
“Ruas da Glória”, de Felipe Scholl
Diretor do curta multi-premiado “Tá” e do longa “Fala Comigo”, além de roterista de “Casa de Antiguidades” e “Manas”. A sessão é precedida do curta “O Faz-Tudo”, de Fábio Leal;
“Com Causa”, de Belisario Franca e Pedro Nóbrega
Diretor do doc Menino 23, Belisario traz reflexões de pessoas como Ailton Krenak sobre a situação do mundo.
“Minha Terra Estrangeira”, de Coletivo Lakapoy, Louise Botkay e João Moreira Salles
Dirigido por 6 mãos, inclusive por Salles, renomado pelos docs No Intenso Agora, Notícias de uma Guerra Particular e Santiago. Agora, o contexto é a relação das eleições de 2022 com a sobrevivência dos povos indígenas.
“Desperta-me”, de Michael Tyburski
Diretor do fabuloso O Som do Silêncio, traz agora uma distopia envolvendo relacionamentos amorosos.
“Para Vigo Me Voy!”, de Lírio Ferreira e Karen Harley
Documentário em homenagem a Carlos Diegues dirigido pelo autor de Baile Perfumado e Árido Movie.
“Romaría”, de Carla Simon
Filme exibido em Competição em Cannes sobre uma espanhola de 18 anos que tem contato inicial com sua família estendida. Diretora de “Verão, 1993” e “Alcarás”, Urso de Ouro em Berlim 2022.
“Alpha”, de Julia Ducournau
O que fazer após a Palma de Ouro? Essa é a resposta da diretora de “Titane”. Será que vai colar?
“The Mastermind”, de Kelly Reichhardt
Diretora de “Old Joy” e “First Cow”, reconhecidos filmes intimistas. A película esteve na competição em Cannes.
“Morra, Amor”, de Lynne Ramsay
Diretora escocesa, conhecida por um estilo radical, apresentou esse filme na competição de Cannes. Estrelado por Jennifer Lawrence, cotada para uma indicação ao Oscar.
“Sim”, de Nadav Lapid
Filme impactante sobre a sociedade israelense pós-ataque do Hamas. O diretor venceu Urso de Ouro com “Sinônimos” e há boatos que a direção de Cannes proibiu o filme na competição por seu caráter crítico ao governo e à população.
“Honey, Não”, de Ethan Coen
Segundo filme solo do premiado diretor, passou fora de competição em Cannes.
“Fernão de Magalhães”, de Lav Diaz
Diretor filipino famoso por seus filmes ultralongos - aqui, 2h40 é bem curto para ele - filma em português a história do famoso navegador interpretado por Gael Garcia Bernal.
“É Sempre Noite”, de Luis Ortega
Diretor do louquíssimo e empolgante "Matem o Jóquei!" - expectativas altas também para esse!
“O Estrangeiro”, de François Ozon
Adaptação do clássico texto de Camus. O trailer parece apontar cada vez mais a percepção de que François Ozon se posiciona como herdeiro de André Téchiné no cinema francês. Os dois, inclusive, compartilham um muso, Benjamin Voisin de “Verão de 85” (Ozon) e “Almas Gêmeas” (Téchiné). Os fãs do ator podem ver ele também em “Brincando com Fogo”, de Delphine e Muriel Coulin, onde contracena com Vincent Lindon.
“O Que a Natureza Te Conta”, de Hong Sang-Soo
Diretor sul-coreano que ganhou fama por ser prolífico e realizar um a dois filmes por ano. Sempre com a mesma temática e estilo, envolvendo personagens bebendo e refletindo sobre a vida, contando histórias e lamentando decisões. Este passou na competição de Berlim com bastante elogios.
“O Acidente do Piano”, de Quentin Dupieux
Diretor francês conhecido pelas esquisitices, excesso e anarquia em suas histórias. Mais uma vez, ele trabalha com Adèle Exarchopoulos.
“Sonhos”, de Michel Franco
Figura polêmica na cinefilia, em mais um trabalho com Jessica Chastain.
“A Cerca”, de Claire Denis
Uma das melhores diretoras do cinema francês continua fazendo filmes instigantes, geralmente à frente do seu tempo. Este filme, com Matt Dilon, se passa em um país da África Ocidental.
“Elefantes Fantasmas”, de Werner Herzog
O grande cineasta alemão em mais um documentário que lida com a natureza, o poder do audiovisual e a humanidade de forma geral.
“Dois Pianos”, de Arnaud Desplechin
Um dos grandes nomes do cinema francês com últimos trabalhos que decepcionaram um pouco, mas acreditamos que ainda vale apostar nele.
“Couture”, de Alice Winocour
Diretora do sóbrio Augustine, agora contando sobre a vida de três mulheres em meio à semana de moda de Paris. Com Angelina Jolie e Louis Garrel no elenco, foi selecionado para a competição de Cannes.
“La Duse - A Diva contra o Facismo”, de Pietro Marcello
Realizador do fabuloso Bela e Perdida, trata de uma atriz que resiste no contexto da I Guerra.
“Sonhos de Trem”, de Clint Bentley
Do mesmo diretor do magistral Sing Sing, o registro agora envolve luto de um trabalhador ferroviário
"Escrevendo a Vida - Annie Ernaux Pelos Olhos dos Estudantes", Claire Simon
Respeitada documentarista, agora instiga alunos a refletirem sobre a escritora feminista.
"Franz Antes de Kafka", de Agnieszka Holland
Cineasta que realizou o fantástico Rastros/Pokot, reaparece aqui com uma cinebiografia de Franz Kafka
“Quarto do Pânico”, de Gabriela Amaral Almeida
Refilmagem americana já é comum, mas essa versão brasileira do filme do David Fincher é no mínimo curiosa. Gabriela Amaral Almeida é uma respeitada diretora de terror psicológico no Brasil.
“Quase Deserto”, de José Eduardo Belmonte
Diretor consolidado no cinema brasileiro em um filme sobre dois imigrantes latinos em Detroit, EUA.
“Orwell : 2 + 2 = 5”, de Raoul Peck
Expressão documental do genial escritor de 1984 dirigido pelo seminal realizador de Não Sou Seu Negro
Longa-metragens que cativam pela temática
“As Dores do Mundo: Hyldon”, de Emílio Domingos e Felipe David Rodrigues. Documentário sobre um dos principais nomes da música brasileira, mestre do samba soul.
“Brincando com Fogo”, de Delphine Coulin e Muriel Coulin
Daqueles filmes que recomendamos pelo ator: Vicent Lindon, fabuloso, fabuloso, fabuloso.
“Cartas Para…”, de Vânia Lima.
Mulheres de Brasil, Moçambique e Portugal trocam cartas, traçando conexões entre os continentes.
“Coração das Trevas”, de Rogério Nunes
Um representante da expressão em animação, parece um interessante filme futurístico, transportando o clássico de Joseph Conrad para a periferia carioca.
“Meu Tempo é Agora”, de Sandra Werneck
Documentário sobre envelhecimento feminino, incluindo entrevistas com Marieta Severo e Zezé Motta. Sessão precedida do curta “Eunice Gutman Tem Histórias” de Lucas Vasconcellos, sobre a pioneira do cinema feminista brasileiro.
“Love Kills”, de Luiza Shelling Tubaldini
Filme de vampiro dirigido por uma mulher trans.
A Divina Comédia, de Ali Asgari
Mais um registro da resistência em fazer cinema no repressor Irã.
“Amuleto”, de Igor Barradas e Heraldo HB
Desdobramentos do filme Amuleto de Ogun, de Nelson Pereira dos Santos
“Ninguém Pode Provar Nada – A Inacreditável História de Ezequiel Neves”, de Rodrigo Pinto
Documentário biográfico do jornalista, ator e produtor, co-autor de Exagerado.
“Nosferatu”, de Cristiano Burlan
Uma leitura brasileira de Nosferatu não é novidade (Ivan Cardoso já fez em 1971), mas é um universo sempre curioso de mergulhar.
“O Pai e o Pajé”, de Iawarete Kaiabi, Felipe Tomazelli e Luís Villaça
O olhar próprio de diretor indígena preocupado com a influência evangélica na comunidade.
“Pequenas Criaturas”, de Anne Pinherio Guimaraes
Carolina Dieckmmann é uma mãe que se muda para Brasília em 1986. Drama familiar, com elementos que despertam interesse.
“Querido Mundo”, de Miguel Falabella e Hsu Chien
Enquanto a faceta televisiva de Falabella é famosa, o cinema dele ainda é pouco conhecido. Fica a curiosidade.
“Itacoatiaras”, de Sérgio Andrade e Patricia Goùvea
Painel sobre Niterói e o apagamento histórico da ancestralidade indígena.
“Aventuras de Makunáima - Histórias Encantadas da Amazônia”, de Chico Faganello
Conto de valorização indígena com influência de Mario de Andrade.
“Dona Onete - Meu Coração Neste Pedacinho Aqui”, de Mini Kerti
Expressão documental sobre uma das pérolas da cultura paraense.
“O Lago do Tigre”, de Natesh Hegde
Contato raro com a filmografia indiana nesta história sobre uma pastora menor de idade que fica grávida.
“O Último Rio”, de Jean-François Ravagnan
Documentário que reflete sobre o uso de filmagens em celular diante de acontecimentos trágicos.
“Como Inventar Uma Biblioteca”, de Christopher King e Maia Lekow
Jornada para criação de um centro cultural de relevância para a comunidade em Nairobi, capital do Quênia.
“Reconhecidos”, de Fernanda Amim e Micael Hocherman
Sobre o racismo tecnológico que pune inocentes negros em suas identificações de rosto.
“A Conspiração Condor”, de André Sturm
Thriller político que trata das conspirações sobre as mortes de JK e Jango.
“A Árvore da Autenticidade”, de Sammy Baloji
Filme de racismo ambiental vindo do Congo.
“A Própria Carne”, de Ian SBF
Diretor associado com a série Porta dos Fundos se aventura aqui no terror conjugado com drama histórico.
“Ary”, de André Weller
O mestre da música brasileira, Ary Barroso, é aqui dissecado em documentário.
“Mãe Solo”, de Janicke Askevold
Busca do pai de uma mãe que recebeu o embrião de forma anônima.
“Papaya”, de Priscilla Kelle
Pode ser uma boa opção para assistir com filhos, nessa aventura de uma semente de mamão que foge de se tornar raiz. (Salve os rizomas!)
“Pequenos Pecados”, de Urška Djukić
Teen movie assim descrito por Diego Batlle: "es de esas películas que se concentran en los detalles, las sensaciones y los estados de ánimo con sinceridad, sutileza y sensibilidad"
“Fim de Semana Macabro”, de Daniel Oriahi
Filme automaticamente interessante por entrarmos em contato com o prolífico cinema nigeriano que tem pouca repercussão por aqui.
“Os Diários de Ozu”, de Daniel Raim
Terceiro filme de Daniel Raim, diretor indicado ao Oscar de curta documentário. Faz aqui um painel sobre um dos melhores diretores japoneses, Yasujirō Ozu. Foi exibido no Festival de Veneza.
“Saída 8”, de Genki Kawamura
O diretor é conhecido pelo anime Your Name e aqui narra uma história com potencial: um sujeito que se vê preso no metrô, sem conseguir encontrar a saída.
“A Estrada de Kerouac: O Beat de Uma Nação”, Ebs Burnough
Sobre a influência do livro On The Road em tantas vidas
“Nawi - Querida Eu no Futuro”, de Toby Schmutzler, Kevin Schmutzler, Apuu Mourine Munyes e Vallentine Chelluget
Uma rara aparição de um filme da Quênia, contestando os casamentos forçados.
“O Longo Caminho para a Cadeira de Diretora”, de Vibeke Løkkeberg
Retrato das lutas femininas dentro do meio cinematográfico
“Mugaritz: Um Ateliê de Culinária”, de Paco Plaza
Conhecido pela série de filmes de terror REC, Paco traz um food filme apetitoso
“Orfeu”, de Virgilio Villoresi
Filme de inspiração surrealista
“One to One: John & Yoko”, de Kevin Macdonald e Sam Rice-Edwards
Não há muito o que comentar, só que é um doc sobre dois gênios ícones da música.
“Filho Mais Velho”, de Cecilia Kang
Exibido em Locarno, esse filme argentino fala sobre a migração de uma família coreana ao país.
“Belén”, de Dolores Fonzi
Filme argentino sobre uma mulher acusada de homicídio após um aborto espontâneo foi a escolha do país hermano ao Oscar.
"Ari", de Léonor Serraille
Exibido em competição em Berlim, o filme acompanha um professor de 27 anos, que após ter um colapso no trabalho e ser expulso de casa pelos pais, começa a explorar a cidade e repensar sua vida.
“A Cronologia da Água”, de Kristen Stewart
Atriz de Crepúsculo que enveredou pelo cinema independente e fez história ao ser a primeira norte-americana premiada no César, do cinema francês, agora está por trás das câmeras, adaptando o livro de memórias da escritora Lidia Yuknavitch, que queria seguir carreira como uma nadadora.
“Remada”, de Cecilia Verheyden
Adolescente belga, destaque no remo local, mas solitária, se apaixona pela namorada do irmão mais velho, seu melhor amigo.
“Clamor”, de Soheil Beiraghi
Uma jovem iraniana quer se tornar cantora e desafia normas locais ao cantar em público. Prêmio Cristal Globe no Festival Internacional do Cinema de Karlovy Vary.
“Hedda”, de Nia DaCosta
Baseado em peça de Henrik Ibsen, conta com Tessa Thompson e Nina Hoss, cotadas para indicações ao Oscar, assim como a trilha de Hildur Guðnadóttir.
“Meu mestre do tênis”, de Andrea di Stefano
Pressionado pelo pai, um garoto de 13 anos começa a treinar tênis com um ex-jogador. O filme trata da relação dos dois, a ver se retrata o mundo do esporte de maneira fiel.
“Vida Privada”, de Rebecca Zlotowski
Jodie Foster estrela essa comédia de assassinato francesa, aparentemente ao estilo de Woody Allen e “Only Murders in the Building”.
“A Meia-Irmã Feia”, de Emilie Blichfeldt
Versão de Cinderela, vista pelo lado das irmãs dela. Esse filme escandinávio foi sucesso de público e crítica em festivais desde a estreia em Berlim.
“Queens of the Dead”, de Tina Romero
Filme sobre um grupo de drag queens que combate um apocalipse zumbi. Dirigido pela filha de George Romero
“A Fúria”, de Gemma Blasco
Um filme forte sobre violência sexual e representação teatral. A película venceu vários prêmios no Festival de Málaga.
“Um Pedido às Estrelas”, de Peter Kerekes
Documentário sobre uma astróloga napolitana que indica locais onde seus clientes devem passar o aniversário.
“Viva um Pouco”, de Fanny Ovesen
Duas amigas fazem uma viagem de mochilão pela europa, usando couchsurfing.
“Emoções Represadas”, de Cejen Cernic Canak
Um adolescente esportista reencontra um garoto por quem era apaixonado em seu vilarejo croata.
“Alma de Fibra”, de Maria Eriksson-Hecht
A relação de dois irmãos é abalada quando o mais velho começa a namorar.
“As Ilhas”, de Jan-Ole Gerster
A vida de instrutor de tênis em um resort é desestruturada com a chegada de uma família rica.
“Me Ame Com Ternura”, de Anna Cazenave Cambet
Vicky Krieps protagoniza esse filme sobre uma mulher que perde a guarda do filho após começar a se relacionar com outras mulheres.
“Alá não tem obrigação”, de Zaven Najjar
Animação francesa sobre a trajetória de um menino de Guiné até chegar na Libéria. Muito elogiado, chegou a ser comparado com “Cidade de Deus” em crítica.
“Sem Dó Nem Piedade”, de Isa Willinger
O cinema é uma arma? A partir de provocação de Kira Muratova, muitas cineastas contemporâneas como Catherine Breillat e Céline Sciamma oferecem suas visões do cinema feito por mulheres.
“As Garotas Desejo”, de Prïncia Car
Um jovem monitor de centro de férias reencontra sua melhor amiga de infância, prostituta, o que faz repensar sobre amor, identidade e sexualidade.
“Paraíso Prometido”, de Erige Sehiri
Três mulheres marfinenses que sofrem preconceito na Tunísia.
“Estranho Rio”, de Jaume Claret Muxart
Uma família passeia de bicicleta pelo Rio Danúbio, quando um jovem de 16 anos começa a se sentir atraído por outro rapaz que encontra no rio e a mãe se lembra da viagem que fez quando era adolescente. Total vibes verão europeu.
“Agon – O Corpo e a Luta”, de Giulio Bertelli
Filme muito curioso sobre três atletas que se preparam para os Jogos Olímpicos. Uma das personagens é interpretada por Alice Bellandi, judoca campeã Olímpica, que venceu Mayra Aguiar em Paris.
“Sudão, Lembrem-se de nós”, de Hind Meddeb
A guerra do Sudão é a que mais desloca pessoas em todo o mundo e é praticamente ignorada pela grande mídia.
“Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe”, de Sepideh Farsi
Protagonizado pela fotojornalista palestina Fatima Hassouna, que morreu no dia seguinte ao anúncio da seleção do filme para Cannes.
“Renoir”, de de Chie Hayakawa
Drama autobiográfico sobre uma menina sensível na Tóquio de 1987.









Comentários