Catedral da Sé relembra 50 anos do assassinato de Vladimir Herzog
- Redação RT Notícia
- 27 de out.
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Ato inter-religioso reúne autoridades e entidades de direitos humanos em São Paulo

A Catedral da Sé, em São Paulo, recebeu na noite deste sábado (25) um ato inter-religioso pelos 50 anos do assassinato do jornalista Vladimir Herzog. O evento foi organizado pela Comissão Arns e pelo Instituto Vladimir Herzog, com o objetivo de lembrar as vítimas da ditadura militar.
Defesa de investigações sobre crimes da ditadura
Durante o ato, Ivo Herzog, filho do jornalista, afirmou que familiares de mortos e desaparecidos políticos aguardam a responsabilização legal por crimes cometidos no período. Ele defendeu a revisão da interpretação atual da Lei da Anistia, discutida no Supremo Tribunal Federal por meio da ADPF 320.
Segundo Ivo, o julgamento está sob relatoria do ministro Dias Toffoli desde 2014, sem decisão. Ele declarou que a atual interpretação garante impunidade a agentes do Estado envolvidos em violações de direitos humanos.
Participação do governo federal
O presidente em exercício Geraldo Alckmin esteve presente na solenidade. “A morte do Vladimir Herzog foi o resultado do extremismo do Estado que, ao invés de proteger os cidadãos, os perseguia e matava. Por isso, fortalecer a democracia, a justiça e a liberdade”, disse Alckmin.
Histórico do caso Herzog
Vladimir Herzog foi preso em 25 de outubro de 1975, no Doi-Codi, em São Paulo, e morreu sob custódia do órgão de repressão. O Estado chegou a registrar a morte como suicídio.
No dia 31 de outubro daquele ano, a Catedral da Sé sediou um ato inter-religioso que marcou a mobilização social contra a violência do regime militar.
Entidades e representantes presentes
O ato contou com lideranças religiosas e representações da sociedade civil. Também estiveram na catedral pessoas que participaram da cerimônia realizada em 1975, além de jornalistas, ativistas e autoridades públicas.
O Coro Luther King realizou apresentações musicais no início do evento. Vídeos com depoimentos e registros de vítimas do Estado foram exibidos durante a noite.
*Com informações da Agência Brasil









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