A virada digital: esquerda reage e abala hegemonia da extrema-direita nas redes
- Redação RT Notícia
- 9 de jul.
- 2 min de leitura

A disputa pela hegemonia nas redes sociais começa a ganhar novos contornos. Após anos de domínio da extrema-direita no ambiente digital, a esquerda dá sinais de que está virando o jogo.
Durante muito tempo, correntes de ódio e fake news favoreceram parlamentares que transformaram seus mandatos em palanques digitais. Esses conteúdos encontraram na resistência à regulação das plataformas um forte apoio do campo conservador.
Mas o cenário mudou. A recente enxurrada de vídeos que criticam o Congresso Nacional por medidas como a derrubada do decreto do IOF e o aumento de cadeiras na Câmara incomodou setores que até então navegavam confortavelmente nas redes.
Curiosamente, a nova ofensiva da esquerda tem se valido de um uso intenso de vídeos criados com auxílio da inteligência artificial — estratégia que impulsionou o alcance e a capilaridade das mensagens progressistas.
A reação foi imediata. A oposição conservadora acusou o chefe da Secom, Sidônio Palmeira, de ser o articulador da “retomada digital”. O impacto foi tão significativo que a regulação das redes, antes combatida por essa ala, passou a integrar a agenda de seus discursos públicos.
Nas trincheiras digitais, cresce a desconfiança em relação aos algoritmos e às intenções das big techs, cujos donos mantêm ligações com Donald Trump. O ex-presidente dos EUA, por sua vez, tem criticado o Brasil por suposta “perseguição” a Jair Bolsonaro, seu aliado ideológico.
A virada no ambiente digital pode ser decisiva para o governo Lula, que tenta recuperar a popularidade. Pesquisas internas já indicam crescimento na aprovação presidencial. E, paradoxalmente, as críticas de Trump acabam reforçando o discurso de soberania nacional, esvaziando a bandeira do “patriotismo” que a direita tanto tenta monopolizar.









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