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Top 200 - Melhores músicas de 2023

Atualizado: 9 de jan.

Última parte da lista

Ouça a playlist no YouTube aqui: https://bit.ly/do20ao1


(playlist completa no Deezer: www.deezer.com/br/playlist/11185882464)


20. Marcelo D2 - Pra Curar a Dor do Mundo

19. Depeche Mode - Before We Drown


18. Yo La Tengo - Aselestine

17. Marina Iris - Vale a Pena Ouvir de Novo



16. Christine and the Queens & 070 Shake - True Love

15. James Blake - Tell Me



14. Kelela - Enough for Love

13. John Cale - Night Crawling



12. ANOHNI and the Johnsons - Rest

11. FBC & Don L - Estante de Livros



10. ANOHNI and the Johnsons - Silver of Ice

9. Xande de Pilares - Muito Romântico



8. Filipe Catto - Tigresa

7. Xande de Pilares - Tigresa



6. Lil Yachty & Diana Gordon - drive ME crazy!

5. Marília Mendonça - Leão



4. Filipe Catto - Jabitacá

3. Vanessa da Mata & João Gomes - Comentário a Respeito de John



2. Christine and the Queens - A Day in the Water

1. Elza Soares - Coragem




Nona parte da lista

Ouça a playlist aqui: https://bit.ly/do40ao21


40. Gorillaz & Adeleye Omotayo - Silent Running

A grande pérola do subestimado "Cracker Island" trata de vício em rede social com pegajosas camadas de sintetizadores, assobios cativantes e um clima gostoso, mágico e nostálgico.


39. Jards Macalé - Pra um Novo Amor Chegar

De voz cada vez mais cavernosa, o “coração bifurcado” de Jards expressa nesta aqui a sua beleza mais intensa.


38. Marujos Pataxó - Tem Uma Casa Lá Na Serra / Pataxó Muká Muká 

Transposição automática para a vida em uma tribo. Cântico ancestral cheio de espiritualidade em uma beleza de coros e batuques.


37. Maciel Salu - Cablocos no Terreiro

O mestre do rabeca pernambucana lança aqui uma pérola comparável às grandes canções do Carnaval de Olinda, mas aqui em velocidade cadenciada e de inegável caráter pop rock com suas guitarradas a cintilarem.


36. Pheelz - Emi Laye Mi

Peça de grande destaque dentro do maravilhoso mundo do afrobeats nigeriano, mescla iorubá com inglês em contagiante canção dançante.


35. Dur-Dur Band & Xabiib Sharaabi - Duurka 

O funk-rock da Somália tem uma pegada nostálgica de assombroso arrepio e furtiva alegria.


34. Marujos Pataxó - Aldeia Sagrada 

De novo essa que foi minha maior descoberta musical de 2023: o grupo indígena baiano faz aqui sua grande saudação e ode à terra de Pindorama.


33. Patrícia Bastos - Pras Minhas Paixões 

Linda canção de amor nortista de Val Milhomem, de ritmo cálido apaixonante, com sopros belíssimos, e a voz cristalina de Patrícia acompanhada de uma discreta e maravilhosa Ná Ozzetti.


32. Besouro Mulher - Carótida

Música que abre o ótimo “Volto Amanhã” mostra que, em peças como esta, o indie rock brasileiro segue respirando vivo e com vigor. “Vou me livrar do que sou!”


31. LEALL, Rock Danger, Mello & Neconbeat - Malefícios do dinheiro

“A ascensão de poder é mais uma armadilha… Eu cresci na guerrilha”. O grande rap brasileiro de 2023 revela os limites da ostentação com uma expressividade absoluta. Papo retíssimo.


30. Susanne Sundfor - Leikara ljóð

Belíssima e delicada canção que traz a atmosfera escandinávia ancestral, com seu belo jogo de coros e palmas comandadas pela artista norueguesa.


29. Mariene de Castro & Roberto Mendes - Louvação a Oxum

Música que Bethânia já tinha magistralmente cantado em “Olho D’Água” tem aqui uma versão minimalista com o violão preciso de Roberto e sua voz grave em simbiose com o canto cristalino de Mariene. Este que foi um dos encontros mais belos da Bahia profunda de 2023. 


28. Jeff Rosenstock - Doubt

Daquelas belas músicas punk que Green Day nos presenteava… Começa de maneira melódica de rara beleza narrando sobre a importância de expressar os sentimentos, até estourar em tons hardcore de intensa energia. Perfeição.


27. Tarcísio do Acordeon - Minha Preta 

A grande canção de piseiro de 2023 é daquelas canções de amor declarado e choro por desilusão amorosa em ritmo contagiante de neo-forró que nos direciona diretamente ao coração do nordeste-norte do país.


26. Romulo Fróes & Rodrigo Campos - Silvia e o Medo

Magistral canção MPB, de letra e rimas rebuscadas, ruídos intercedendo ao belo violão de Rodrigo e na voz cavernosa de Romulo junto a um coro remetente aos grandes clássicos do samba.


25. Peter Gabriel - Playing For Time (Dark-Side Mix)

Pérola sagrada calcada no piano, inspiradora das trilhas sonoras de filmes que tão bem Randy Newman faz. Peter Gabriel retornou depois de anos com um disco sofisticado de art pop, mas é aqui na música mais minimalista do álbum que ele se mostra o grande artista que continua sendo. “Any moment that we bring to life, will never fade away”.


24. Idris Ackamoor ☥ The Pyramids - Police Dem

Como um órfão de Fela Kuti, fico na espreita para todas as experiências que envolvem a mítica do jazz-afrobeat daquele músico genial. Eis aqui um petardo que muito se assemelha às suas grandes músicas.


23. Meu Funeral & Xande De Pilares - Essa É Pra Transar Chorando

Definitivamente, um dos músicos que mais se destacaram em 2023 foi o mestre do Revelação, que regravou um disco inteiro de Caetano e ainda cantou com Jorge Aragão, Rubel, Marcelo D2 e MC Ryan SP. Aqui ele jogou com a banda de punk irreverente do Meu Funeral fazendo uma música de imediata aderência e carisma, que combina cavaquinho com riffs de guitarra.


22. Rodrigo Campos - Corpo Azul

Dos sambas “tortos” do fabuloso disco “Pagode Novo”, eis aqui minha grande música favorita. Temos uma lírica de beleza buarquiana combinada com os experimentalismos eletrônicos dos expoentes da “vanguarda paulista”, como Luiz Tatit e Itamar Assumpção. Obra-prima estonteante! 


21. FBC - Qual a Chance?

Fabulosa música romântica retrô, que não se limita a ser um simulacro da era disco setentista, mas tem total personalidade do rapper mineiro, um entusiasta do hedonismo da vida. Foda demais!


Oitava parte da lista

Ouça a playlist aqui: https://bit.ly/do60ao41


60.Elza Soares - No Tempo da Intolerância

Samba soul de profundo vigor militante, sem soar panfletário. É o suíngue e o gingado de Elza enfeitando o discurso político. Como ela vai fazer falta...


59.Aesop Rock - Aggressive Steven

O melhor rap internacional de 2023. Flow acelerado, letra surrealista, rimas perfeitas e ritmo que varia entre batidas fortes e tons atmosféricos. 


58.Rodrigo Ogi & Juçara Marçal - Chegou Sua Vez

Outra obra-prima em formato rap. Para quem gostou de "Crash", composição de Ogi que Juçara imortalizou em 2022 com "Delta Estácio Blues", vai ter aqui a dupla de volta, contando a história de João Queiroz, o oprimido querendo ser opressor. Hip-hop cheio de camadas, batuques afro-brasileiros, vozes com efeitos e guitarras afiadas.


  1. The Weeknd - Jealous Guy

Irresistível cover de John Lennon, agora com aquela atmosfera lounge típica dos sintetizadores desse grande artista canadense. “I'm sorry that I made you cry”


  1. Jessie Ware - Pearls

A grande viagem no tempo para a era da Disco Music que Jessie Ware e Stuart Pierce fizeram, atinge seu ponto mais elevado: alcance vocal elevado ao tom do instrumental dançante e coros percorrendo todos os lados da canção. ‘Acho que deixei meu coração na pista de dança’.


  1. João Gomes & Raquel dos Teclados - Sonho Lindo

Dentre as muitas músicas que João Gomes tem gravado/regravado, esse clássico brega já tocado por Calcinha Preta e Magníficos alcança com a rei da voz do piseiro e o carisma da Raquel dos Teclados os tons nostálgicos e populares do Brasil Profundo.


  1. Grande Rio - Ô Zeca, o Pagode Onde É Que É?

Não foi meu desfile favorito dos que eu vi no Carnaval carioca de 2023, mas meu samba preferido foi essa parceria de Igor Leal, Arlindinho, Diogo Nogueira, Myngal, Mingauzinho e Gustavo Clarão. O grande mestre do pagode é aqui transformado em um “personagem elusivo” - a força matriz do samba e as criações de Zeca são enaltecidas, enquanto o próprio apresenta, em toda sua malandragem, linhas de fuga e de escape. Achei genial o conceito e a bateria da Grande Rio conseguiu ampliar ainda mais a sensação.


  1. Paulinho da Viola - Valsa da Solidão

No belo disco-tributo ao Hermínio Bello de Carvalho, “Cataventos”, a grande música é essa preciosidade que Paulinho pegou emprestado da Elizeth Cardoso e deu sentidos ainda mais melancólicos.


  1. Lucina - É Tudo Um

Disco que celebra a parceria da artista mato-grossense com a compositora Luhli, autora de obras-primas como "Fala" e "O vira" dos Secos & Molhados, e que morreu em 2018. Aqui elas fazem uma saudação, com percussão vibrante, às mil brasilidades existentes que canalizam em um grande "espírito absoluto".


  1. Anna Vis - Água com Gás

Linha de baixo a cintilar a poesia concretista remetente à vanguarda paulista. Alice Coutinho, autora da obra-prima “Mulher do fim do mundo” de Elza Soares, também assina esta composição, a meu ver, completamente viciante e hipnótica, como ficar chapado bebendo água com gás.


  1. DJ CIRILO DE CAXIAS, Sequência de Volt 

Direto de Caxias, terra de Marcinho, Ludmilla e Kevin O Chris, temos aqui o melhor funk brasileiro de 2023 porque reúne seus atributos fundamentais: refrão marcante; batidas viciantes; e putaria.


  1. Irreversible Entanglements - Free Love 

No ano em que a fabulosa Matana Roberts trouxe um disco nem tão marcante, o avant-garde jazz contemporâneo viu refletido em sua magnitude nessa pérola que ressignifica o “Love Supreme” do Coltrane.


  1. Ana Frango Elétrico - Debaixo do Pano 

Minha canção favorita do excelente “Me chama de gato que eu sou sua”. Uma viagem que, na frequência do jazz latino, faz um grande caldeirão de funk americano, soul, R&B e eletrônico.


  1. Banda Eddie, Karina Buhr & Isaar - Máscara Negra

Marchinha carioca clássica de Zé Kéti e Pereira Matos tem seu ritmo cadenciado em uma balada romântica com slide guitar, sopros suaves e excelente harmonia vocal entre Fábio Trummer, Karina e Issar. Eis uma releitura perfeita.


  1. Fabiana Cozza - Samba de Longe 

Mais um precioso petardo de Nei Lopes, dessa vez em parceria com Reginaldo Bessa. Samba-canção de primoroso lirismo, acompanhado da flauta e do sax cristalinos de Beatriz Pacheco e a voz suprema de Cozza.


  1. Letrux - Formiga

A irreverência carnavalesca da mulher girafa está sendo guiada pelo piano blueseado navegando na mítica dos laboriosos esforços do animal mais forte do mundo. “This is so full of shit that I hope something will grow in it"


  1. Björk & Rosalía - Oral

Quando as camadas orquestrais e eletrônicas da sempre genial Björk encontram as batidas reggaetóns e dancehalls da Rosalía, umas das revelações mais impressionantes da música mundial dos últimos anos.

 

  1. Martinho da Vila & Preto Ferreira - Exu das Sete

Ponto de saudação para Exu comparável às grandes obras em domínio público do gênero. Martinho e seu filho enaltecem com primor e raiz a entidade da luz e comunicação. Laroyê!


  1. Bnxn Fka Buju & WizKid - For the Night

O gingado típico da música nigeriana, em super sensuais melodias e vocalizações. Mais uma vez a música R&B da África consegue desbancar váááários exemplares dos Estados Unidos.


  1. Seckou Keita - Tatono's Path

Uma prova que os instrumentos africanos como a corá (harpa de 21 cordas) combinam com a música de orquestra de forma divinamente bela.



Sétima parte da lista

Ouça a playlist aqui: https://bit.ly/do80ao61


80. Criolo & Tropkillaz - Do Mesmo Lado

Como parte do tributo do disco "Admirável Chip Novo", que trouxe interessantes versões de "Máscara" por Ney Matogrosso e "Equalize" com a Pabllo Vittar, o MC, cada vez mais mergulhado nos sons afrobeats, traz uma versão cheia de personalidade para a música da Pitty.


79. ANOHNI - Rapture 

Atmosférica e melancólica música, em que a artista trans lamenta seus amigos “falling down in silence to the ground”, em uma associação com as mortes por AIDS nos anos 90.


78. Maíra Freitas, Jazz das Minas & Marina Iris - Meu Quintal

Mais um cancioneiro que valoriza a cura pelas matas, agora como um partido alto cativante e participação luxuosa de Marina Iris.


77. Patrícia Bastos & Orquestra Mundana Refugi - Mão de Couro

A irresistível guitarrinha nortista, o batuque latino e a delicada voz de Patrícia a encantar com os sons amazônicos.


76. Aguidavi do Jêje & Carlinhos Sete Cordas - Salve os Caboclos

Terreiro em festa para saudar as entidades indígenas em uma espiral de ritmos vibrantes.


75. Thiago Elniño - Mato 

Samba deliciado, de saudação a Oxossi, em melodia e lirismo de rara beleza.


74. Carminho - Ficar

Bela composição de Joana Espadinha eternizada na cristalina voz de Carminho. Mais um fado elegante que dessa vez dialoga mais com a tradição do folk e country americano.


73. WLO Raps - Conceito Corte 

O auge do rap-nerd, com flow acelerado e batida rock, saudando o samurai japonês Musashi Myamoto, imortalizado no anime Baki Dou.


72. Céu - Emboscada

Outro cover da Pitty, dessa vez com uma fantástica sequência de camadas de sintetizadores eletrônicos e a voz de princesa sensual da Céu.


71. Idris Ackamoor & The Pyramids - Thank You God

Começa como uma viagem de nave espacial por conta dos sons viajantes, passa por saudações espirituais em belas vocalizações de Daria Nile e termina com sopros imitando animais e sons da natureza. Afrofuturismo, um jazz perfeito!


70. Roberto Mendes - Estranho Rapaz

Nas mãos do seu compositor (em parceria com Capinan), a vibrante canção de Maria Bethânia, adquire uma singeleza em seu minimalismo ao violão. Uma bossa do grande autor de sambas de roda.


69. Patrícia Bastos & Ronaldo Silva - Espartano

Mais um exemplo do maravilhoso cancioneiro amazônico, aqui em melodia primorosa.


68. Peter Gabriel - The Court (Bright-Side Mix)

Maravilhoso retorno do talentosíssimo Peter Gabriel, após 12 anos de hiato em disco. Nesta música, muito marcada pelo baixo visceral e o piano melódico, o tema da justiça adquire significados profundos.


67. Queens of the Stone Age - Carnavoyeur

"Accept, enjoy the view": lírica filosófica do Queens brincando de glam rock nessa impressionante música do último disco "In Times New Roman..."


66. Channel Tres - All My Friends

"Eu quero ver todos meus amigos de uma só vez". A pista de dança como um propulsor hedonista dos afetos.


65. Vanessa da Mata - Face e Avesso

Demonstração de quando a Vanessa desvia do fofopop mais radiofônico, consegue fazer músicas da verve de um Cazuza. A voz e a poética dela aqui adquirem densidades impressionantes! "A alma nua e crua agora sou eu"


64. Maíra Freitas, Jazz das Minas, Mart'nália & Anastacia - Água de Sal

Fabuloso samba orquestrado, meio gafieira, com a malandragem das filhas de Martinho e participação da cantora capixaba Anastacia.


63. Jessie Ware & Róisín Murphy - Freak Me Now

As divas do neo-disco em vibrante canção dançante do sensacional produtor Stuart Price. Essa lista aqui é de 2023, mas com essa música poderia muito bem ser dos anos 80.


62. ANOHNI - It Must Change

Um protesto pelo direito LGBTIQ+ em embalo soul e a beleza de uma das melhores vozes surgidas nos últimos anos. "The truth is that our love will ricochet through eternity".


61. Fabiana Cozza & Leci Brandão - Dia de Glória

Vai chegando uma etapa nessa lista que fica um pouco difícil traduzir em palavras o quanto essas músicas significam para mim. Aqui, estamos diante de um encontro de vozes corais do samba brasileiro embelezando a lírica de Wilson Moreira e Nei Lopes: sobre cristais em formas de samba-canção.


Sexta parte da lista

Ouça a playlist aqui: https://bit.ly/do100ao81

100. Depeche Mode - Speak To Me

Essa pérola que encerra o fabuloso "Memento Mori" traz a construção de atmosferas soturnas costumeiras da cultuada banda britânica. Visceral: música que expande sua melancolia e desespero, em formato sintetizador, para todos os cantos…


99. Nas - Pistols On Your Album Cover

Referências ao rival Tupac e uma batida irresistível do Hit-Boy: estamos diante de mais uma peça de rap nostálgico que remete às origens do hip-hop do mestre Nas.


98. Iara Rennó & Zé Manoel - Oluayê 

O piano cristalino do pernambucano e o violão melódico da Iara a saudar Omulu, em harmonias vocais luminosas.


97. Vou Pro Sereno - Sem Direção 

"Choraaar", "voltaaar"... em plenos pulmões e um cavaquinho lindo que conduz a melodia. O lirismo típico dos grandes pagodes!


96. Nas - Fever 

Flow rapidão que sintetiza a presença fundamental do músico na cultura hip-hop. Quando a arte fica maior que a vida!


95. Omar Sosa & Tiganá Santana - Moradia de Babalu

Santeria e candomblé. Em um mundo pós-pandemia, outra saudação a Omulu, orixá da cura, depois da música Iara Rennó, nesta seleção musical dos anos 2023: mais uma entrega fabulosa da junção do piano jazzístico do cubano Omar com as vocalizações e batuques do baiano Tiganá.


94. Filipe Catto - Negro Amor

Sonic Youth se resolvesse substituir Kim Gordon por Gal Costa, assim como Caetano e Péricles Cavalcanti substituíram Bob Dylan na composição original da versão: tudo junto e misturado para agora termos uma potente criação de parede sonora com grandes guitarras ruidosas e a voz de Catto a cintilar/arranhar os cantos.


93. Angra - Faithless Sanctuary 

Essa dedico aos meus amigos do heavy metal, gênero que assumo não tão imerso, admirado que o Angra, mesmo sem o saudoso André Matos, mantém em seu 10º álbum, o ótimo "Cycles of Pain", o seu costumeiro diálogo com genêros regionais como o baião e a percussão de manguebeat.


92. Anna Vis - De Cara 

Essa polirritmia inventiva e poética surrealista dessa nova era da MPB na órbita dos geniais Rômulo Fróes e Marcelo Cabral ainda será objeto de muito estudo. Por ora, que música viajante, louca e vibrante essa da Anna Vis!


91. Slipmami, LARINHX & Leo Justi - Oompa Loompa

Aqui não é só a produção sempre incrível do Heavy Baile influindo em um som universalmente pop mas nitidamente brasileiro: a rapper Slipnami explana toda sua potência sexual e o empoderamento feminino com vigor e malandragem. “Unha de vibra, segurando o copão!”


90. Roisin Murphy - Hurtz so Bad

Falando em empoderadas, a fantástica cantora irlandesa Roisin joga para pista desapontamentos amorosos em trip hop.


89. Mateus Fazeno Rock - Da Noite

Eis que temos uma música “a cappella” por aqui. Mesmo com todas as correntes de sons que o Mateus produz no seu rock n’roll com referência rapper, é aqui neste hino-coral da juventude no meio urbano que urge uma bandeira de resistência


88. Omara Portuondo - Como la Cigarra

Da música de luta contra a ditadura argentina, da poetisa María Elena Walsh, muito marcada pelo violão das músicas de protesto por todo o mundo, e muito reconhecida na versão de Mercedes Sosa. Aqui, a cigarra está mais cigarra na voz absoluta da cubana do Buena Vista Social Club.


87. Lucina - Na Noite de um Amanhã

Delicada MPB calcada no violão, letra existencial e na bela voz de Lucina. Preciosidade que, acrescida com violoncelo, adquire caráter ainda mais dramático.


86. Beach Fossils - Run to the Moon

Ainda que muitos expoentes do “indie rock” estejam se reiterando (considerando que o próprio gênero também reitera sons sessenteiros de ‘garage’ e ‘psicodelia'), é sempre bom ficar de olhos em bandas não muito conhecidas e essa aqui fazem um “dream pop” de respeito, irretocável!


85. Slowdive - Shanty

Uma viagem de nave espacial. Dá para dizer muita coisa coisa sobre essa banda dos anos 90, que lançou muita pouca coisa nesses últimos anos, mas que quando surge é, sim, sempre uma viagem de nave espacial.


84. Péricles - Suspeitei do Cara

Rei da voz, a melhor música do ótimo disco "Calendário" do Pericão, pode ser considerado uma síntese da sua obra com seu refrão contagiante e fabuloso cadenciamento melódico. Para mim, um clássico absoluto do pagode.


83. Tinashe - None Of My Business

Aquele R&B atmosférico de ritmo irresistível, agora com o vocal sensual da Tinashe, remetente de forma imediata nomes importantes do pop americano como Aaliyah e Brandy.


82. Nation of Language - Weak in Your Light

Outro indie rock não muito conhecido, agora com uma pegada lo-fi psicodélica que se expande em um som poderoso com sintetizadores e baixo funkeado.


81. Christine and the Queens - Tears Can Be So Soft

Para quem sentia falta daquela vibe "trip hop" característica dos anos 90, a francesa Christine and the Queens trouxe essa maravilha viajante entre vários petardos do seu disco "Paranoïa, Angels, True Love".


Quinta parte da lista

Ouça a playlist aqui: www.bit.ly/do120ao101



120. Duda Beat - Saudade de Você

Entendi o fenômeno Duda Beat quando estava no Espaço Cultural Apoena em Belém, e “Bixinho” tocou, fazendo todos que estavam sentados imediatamente levantarem e dançarem. Ainda que não embarque em toda produção dela, essa música com pegada freestyle dos anos 80 foi, para mim, arrebatadora.

 

119. Jessie Ware – Lightning

Dos discos mais sedutores de 2023, “That! Feels Good!” trouxe essa balada que se distanciou um pouco da música disco dançante do restante, mas impressionou por suas diversas camadas pop.

 

118. Kelela – Bruises

Música de lamentação amorosa que impressiona por sua textura, marcação techno e dramaticidade no vocal da talentosa americana.

 

117. Iara Rennó – Baragbó

A primeira de uma série de músicas que vou citar do disco “Orí Okàn”: aqui temos o ranger do prato e a voz cristalina de Iara a saudar Exu. Laroyê!

 

116. Mateus Fazeno Rock, Age, Caio & Glhrmee - Melô da Aparecida

Da fabulosa mistura que Mateus tem feito de hip-hop com rock. Poesia rica, ritmo vibrante e saudações religiosas: perfeição em forma de música.

 

115. Asake – Sunshine

Mais uma demonstração do talento do nigeriano Asake: aqui temos uma melodia belíssima, com coros angelicais e a pegada rapper do cantor.

 

114. Wande Coal & Olamide - Kpe Paso

Que consigamos fazer uma festa em que toque afrobeats nigerianos tão fodas como esse.

 

113. MC Bola - Tem Amor Aí

Daqueles pagodes perfeitos: começando com um instrumento de sopro, voz de alto alcance, letra declamada, ritmo melodioso e refrão cativante. Precisa ser mais conhecido esse talentoso MC Bola

 

112. Maria Bethânia, João Camarero & Hermínio Bello de Carvalho - Cobras e Lagartos

Também gravada no disco em que divide o vocal com Chico Buarque, deusa Bethânia retoma essa preciosidade de Hermínio em versão quase em fado no acompanhamento de Camarero ao violão.

 

111. Carminho - As Fontes (Fado Sophia)

Falando em fado, essa aqui tem influência de valsa, provando o talento vocal de Carminho, sempre acompanhada de violões fabulosos.

 

110. ANOHNI - It's My Fault

Guitarra blues e uma voz de beleza sem igual. Essa fantástica musicista trans ainda vai aparecer muito nesta lista.

 

109. Fred Again…, Skrillex & Four Tet - Baby Again…

Trio poderoso na música eletrônica contemporânea, Um “house” completamente frenético e vibrante.

 

108. Iara Rennó – Iemanjá

Do terreiro de “Barangbó” ao violão devedor de Dorival Caymmi. A música também se encontrava na obra-prima de Serena Assumpção, cantada por Céu: mas agora despida em maior minimalismo, aumentou sua dramaticidade.

 

107. Travis Scott - I Know?

O rapper faz um apontamento para o impressionante R&B viajante de Frank Ocean, tornando o seu hip-hop mais imersivo.

 

106. Medikal – Ronaldo

Extremamente cativante rap da Gana enaltecendo o jogador português.

 

105. Fabiana Cozza - Senhora do Mundo

Segunda saudação para a orixá Iemanjá neste bloco de lista. Dessa vez, no trabalho em que Cozza empresta sua voz para cantar só preciosidades inéditas do seminal Nei Lopes. Em parceria com Wilson Batista, temos aqui um samba-afoxé perfeito.

 

104. Ali Farka Touré & Oumou Sangaré – Cherie

Grande mestre do blues africano, do Mali, Ali tem tido discos lançados postumamente após sua saída de cena em 2006. Aqui suas cordas entram em bela sintonia com a voz da sua conterrânea Oumou construindo uma linda canção.

 

103. Péricles - Fiquei no Quase

Difícil resistir ao carisma da grande “voz do pagode”. Sambão choroso em que a bela melodia e o vocal do Pericão entram num romance que se afasta do desamor da letra.

 

102. Ana Frango Elétrico - Nuvem Vermelha

Belas orquestrações em lírica sensível da Ana: mais uma bela canção de amor.

 

101. Rómulo Fróes & Tiago Rosas - Eu Não Tenho Fim

Em seu disco mais rockeiro, Rômulo faz um parceria com Tiago Rosas e traz nesta música a maior visceralidade da obra, de poética existencialista e guitarras ruidosas. "Entendeu? Sou a luz e eu sou o breu - tudo isto sou eu".


Quarta parte da lista

Ouça a playlist aqui: www.bit.ly/do140ao121


140. João Gomes - Pequena Flor

O “piseiro” desenvolveu esse maravilhoso poder de elevar qualquer música insossa em uma música de grande personalidade. Esse pop/reggae que era até bonitinho no original adquire aqui um maior nível de arte.


139. Rômulo Fróes, Rodrigo Campos, Anna Vis & Marcelo Cabral - Carcaça

Dessa dobradinha da “nova vanguarda paulista” que foi o reencontro de Rômulo e Rodrigo em “Elefante” essa música foi a que me impressionou: temos aqui um território pós-Carnaval de caráter apocalíptico. 


138. Bebe Rexha & Snoop Dogg - Satellite

Passados 31 anos da obra-prima "Doggystyle", poucas contribuições substanciais para a música trouxe Snoop Dogg, que acabou se tornando um divertido personagem de si mesmo. Na onda dos "feats" aleatórios, uma cantora padronizada americana, a Bebe Rexha, que não conhecia até então traz essa figuraça para uma excelente canção de saudosismo "disco" com produtores de Dua Lipa e Rihanna.


137. Bongeziwe Mabandla - noba bangathini

James Blake vai para a África do Sul. Daquelas misturas azeitadas entre sons regionais com elementos eletrônicos.


136. Akira Presidente & Barba Negra - Crimes e Grifes

Do excelente disco “As incríveis histórias de: Underground Superhero vs o terrível ladrão de loops”, essa se destaca. Marcada no piano, a música tem uma atmosfera sombria e onírica, com tons de jazz.


135. Luccas Carlos, Maui & Francci - Djavan

Aquela pegada de funk melody dos anos 2000 que tem feito falta por aí.


134. Baaba Maal - Agreement

Artista veterano do Senegal, Baaba trouxe o excelente disco "Being" em 2023. Esta canção em especial se destaca pela marcação da percusão e o uso do típico instrumento de corda africano, chamado Ngoni.


133. Coruja BC1, MC Neguinho do Kaxeta & DJ Maxnosbeatz - Corpo Fechado

Rap e funk consciente que fortalece o "cuidado de si" dentro da periferia. Estamos diante de um artista de hip hop em franco progresso: o flow do Coruja tem ficado cada vez mais rápido e a lírica mais sofisticada.


132. The Rolling Stones - Depending on You

Ainda que só tenha relacionado uma música em toda a lista dos nossos bisavós do rock, revê-los esse ano com o bacana "Hackney Diamonds" foi emocionante. Aqui temos uma uma balada belíssima, com lindos elementos orquestrais. Me parece sintomático que, passadas já 6 décadas na ativa, a melhor do música do disco seja uma que trate da importância de se manter juntos!


131. Adriana Calcanhotto - Era Isso o Amor?

O típico violão apaixonado da Adriana agora somada com as guitarras distorcidas num reclame sobre o amor. Uma música de jovem guarda perdida no tempo.


130. Rusty Santos & Panda Bear - Mirror 

Animal Collective é das bandas indies que mais me impressionam por sua capacidade inventiva de lidar com a psicodelia. Dela, Panda Bear faz aventuras em solo de qualidade iguais. Aqui temos assobios eletrônicos, vocais em reverb e uma atmosfera onírica completamente viciante.


129. XIS & KL Jay - Isnaipa

Olha quem está de volta! O mestre do rap consciente nacional, o "chapa o côco" do XIS, mandou esse papo retíssimo. Batida acelerada à 808, com um flow conseguindo acompanhar. "O que te espera num bucólio dia de sol?"


128. Ed Motta - Safely Far

Linhas de baixo incríveis, coro estilo do gospel, pegada entre Stevie Wonder e Earth, Wind & Fire. Um jazz-soul perfeito e imune a qualquer polêmica que ele e a indústria cultura têm alimentado.


127. Ney Matogrosso & Wilson Das Neves - Um Novo Amor Chegou

Em disco póstumo, vários artistas exaltaram a obra do mestre Wilson das Neves. Nesse petardo de samba-canção, composto por Wilson junto com Paulo César Pinheiro, divino Ney coloca toda a sua expressividade para eternizar nosso já saudoso baterista-compositor.


126. Luiza Lian - Desabriga 

O afoxé-pop da Luiza continua sendo o que mais me interessa nessa talentosa jovem artista paulista. Música cheio de ruídos, batida funk e vocal sensual. Um R&B perfeito e nitidamente brasileiro.


125. Nas - Abracadabra 

O veterano Nas, que trouxe em 2023 meu disco favorito de hip-hop: "Magic 2" (ainda que tenha também lançado, no mesmo ano o "3", excelente também), abre a obra com esse petardo de canção rap: flow rápido, batidas e linha de baixo bem marcadas e atmosfera onírica que remete a instrumentos de cordas orientais. Alquimia em rap.


124. Ryuichi Sakamoto - 20220214

Difícil selecionar só uma música do excelente "12", último disco lançado pelo japonês antes de falecer, Escolhi esta pela beleza de sua abstração, calma e minimalismo. Grande perda para a música essa saída de cartaz do Sakamoto.


123. LEALL, Babidi, Rock Danges, Sain & Erick Jay - Vivência Maldita

"E sua compaixão quanto vale?". Papo retíssimo que está no disco “Eu Ainda Tenho Coração”, um dos exemplos da grande cena jovem de rap carioca que, aqui, utiliza muito bem um sampler do mestre do sampler que é o D2 (hehehe).


122. António Zambujo - Os Meus Dias Não São Meus

Daqueles cristais que tem que ter cuidado ao manejar. Composição de Miguel Araújo na belíssima voz de Zambujo.


121. Tarcísio do Acordeon - Sonho de Ilusão

A sanfona que continua levando a gente para a melancolia de uma cidade perdida do Nordeste e aquele sabor agridoce da paixão não correspondida. Carta de amor.



Terceira parte da lista

Ouça a playlist aqui: www.bit.ly/do160ao141



160. Ana Frango Elétrico - Insista em Mim

Saudosismo da música feita em outrora com frescor e personalidade.


159. Vou Pro Sereno - Amar é

Aquele ótimo pagodinho romântico para balançar o coração


158. Tarcísio do Acordeon - É Melhor Terminar 

Impressionante alcance vocal do Tarcísio aqui - músicas como essa recolocam o “piseiro” e o “forró eletrônico” como gêneros de grande capacidade lírica e melódica.


157. James Blake - Loading

“Músicas feitas por robôs”... O rizoma de ritmos eletrônicos de James adquire aqui seu ápice em melancolia pop.


156. Maciel Salu - Ciranda da Saudade

A rabeca a cintilar em mais um petardo do EP “Ogum” - dessa vez marcado por muita nostalgia e tons de manguebeat. 


155. Maria Bethânia, Chico Chico & Maíra Freitas - Em Nome de Deus

Originalmente composta por Sérgio Sampaio, a canção adquire ares dramáticos com as vozes cavernosas de Chico Chico e Bethâ, acompanhados do piano cristalino da filha do Martinho da Vila.


154. Mariene de Castro & Roberto Mendes - Só se vê na Bahia

Violão repicado do Roberto, a voz astral da Mariene e uma saudação para lá de gostosa dos encantamentos baianos.


153. Asake - Yoga

Só mesmo o continente africano para trazer uma música com tanta presença de espírito. O nigeriano Asake, em um disco bem pop e dançante, finaliza o álbum com uma música de grande beleza edificante.


152. Japãozin - Vida Loka Também Ama

Dos piseiros que mais colaram em meus ouvidos em 2023.


151. Everything but the Girl - Nothing Left to lose 

Máquina do tempo direto para os anos 80. Deliciosa canção eletropop.


150. Leo Santana - Posturado e Calmo

Em ano que bombou com “Zona de Perigo” (199o. lugar nesta minha lista), Leo soltou também esse pagodão minimalista de versos quase como quem está em um hip-hop.


149. Spoon - Sugar Babies

O indie rock ainda trazendo muitas peças de destaque. Essa banda, que tem seu auge nos anos 2000 com os fabulosos "Gimme Fiction" e "Ga Ga Ga Ga Ga", surge aqui, em tons acústicos, com críticas sobre relações amorosas por interesse. Incrível o final atmosférico muito marcado pelo som do pandeiro.


148. Lil Yachty - The Alchemist. 

Uma junção muito doida de rock psicodélico com hip-hop e soul. 


147. Kyan & Mu540 - total 90! 

Beat acelerado, flow cadenciado, lírica criativa. Uma das peças mais cativantes do rap nacional de 2023.


146. Maciel Salu - Baila

Olha ele aqui de novo. Dessa vez com um bolero com um suíngue que cativa de primeira.


145. Elza Soares - Feminelza

Pitty deu esse presente para a Deusa Elza: a letra tem um tom político evidente, mas me encanta mais toda a estrutura orquestral da música, em uma espécie de “neo-samba joia” fantástico.


144. Puterrier - Marolento 

Da fantástica fábrica de hits de funk do Heavy Baile.


143. Paramore - Liar

Linda balada rock em que Hayley Williams consegue demonstrar todo o seu talento vocal.


142. Marcelo D2 - Fonte Que eu Bebo 

Das saudações de D2 à herança do samba e seus personagens, essa foi das que mais me marcou. O trecho “lá que eu vou buscar ensinamento com quem diz que foi o tempo o seu maior professor” é especialmente bela nessa composição de Fred Camacho, Carlo Caetano e Neném Chama.


141. Chico César & Geraldo Azevedo - Bicho de Sete Cabeças 

Não é só mais uma simples versão desse clássico absoluto do “udigrudi” brasileiro, temos aqui nesse encontro desses dois mestres uma expansão instrumental da música que eleva todos os seus sentidos. Maravilha maravilha.



Segunda parte da lista

Ouça a playlist aqui: https://www.bit.ly/do180ao161



180. Ed Motta - Quatermass Has Told Us

A personalidade controversa do Ed não desfaz seu talento monumental em dar continuidade ao legado da música jazz.


179. Margo Price & Mike Campbell - Light Me Up 

O country mais pesado que encontrei em 2023. O ritmo varia entre uma canção calcada no violão americano para expansões rockeiras.



178. Yussef Dayes & Bahia Dayes - The Light

Aquele jazz atmosférico irresistível que vai se acelerando na bateria bem marcada e tons psicodélicos.


177. A$AP Rocky - Same Problems? 

Cloud rap que reflexiona sobre vícios em droga e violência urbana, temas recorrentes na cultura hip hop - aqui com ares funerais.


176. Sain & Felp 22 - Lucro

Outro cloud rap, agora de pegada jazzística, em que o filho do D2 se junta ao talento iminente do Felp 22 para tratar dos riscos da vida de ostentação.


175. Model/Actriz - Mosquito

Frenética, alucinada e vibrante canção de noise rock.


174. The Damned - You're Gonna Realise 

Grupo que está na ativa desde os anos 70, traz mais um punk rock de aderência imediata.


173. Nation of Language - Spare Me the Decision

Pós-punk do bom dessa banda de Nova York não tão conhecida.


172. Sampha - Stereo Colour Cloud (Shaman's Dream)

Bateria acelerada, ritmos mecânicos e cantos ancestrais: eis uma obra-prima de canção R&B.


171. Mateus Fazeno Rock, Age & Caio - Nome de Anjo 

O Mateus não tá só 'fazeno' rock: é uma mistura de estilos tão bem realizada que demonstra uma inventividade única. Aqui, o cearense se concentra numa balada rap-rock em uma espécie de Charlie Brown Jr. mais sombrio. Foda demais.


170. Yussef Dayes, Venna & Charlie Stacey - Black Classical Music

O excelente disco “Black Classical Music” traz um repertório muito amplo de variedades de estilos do jazz. A música homônima, que abre o disco, já dá cartada imediata.

 

169. Rodrigo Campos & Juçara Marçal - Japonego

Saxofone absurdo de Thiago França a embalar a lírica sofisticada de Rodrigo Campos sobre um trabalhador japonês de uma indústria que atua como um samurai ancestral. Ah, temos também a bela voz de Juçara Marçal atuando nesse exemplo de excelência da neo-vanguarda paulista.


168. Jards Macalé - Coração Bifurcado

Sambinha torto, característico do mestre Jards, de voz cada vez mais Tom Waitsiana. Detalhe para a guitarrinha nitidamente baiana “na encruza”.


167. Omar Sosa & Tiganá Santana - Muilo

A música mais minimalista do genial “Iroko”, um encontro do jazz cubano com o afoxé baiano. 


166. Black Pumas - Tomorrow

Bom saber que ainda temos espaço para essas músicas soul de cativante apelo dramático e caráter atmosférico.


165. Marcelo D2 - Até Clarear

A devoção de D2 para o samba em “Iboru” pode ser sintetizada neste excelente rap-pagode que saúda Zeca e Iansã. "Vamos até de manhã!"


164. Banda Eddie, Karina Buhr & Isaar - É de Fazer Chorar

Das músicas de término do Carnaval (o fim de um sonho? rs), o frevo pernambucano tem essa canção de Luiz Bandeira como grande símbolo. Essa versão adiciona elementos rockeiros e psicodélicos, mas no final tudo acaba num grande frevão mesmo.


163. Saulo - Batuque Bahia Orixá 

Ouvi essa música pela primeira vez no seu frenético trio de Carnaval descendo a Ladeira da Praça. Não é preciso dizer mais nada.


162. Black Pumas - Mrs. Postman

Pianinho bem marcado, com articulação do pandeiro e elementos psicodélicos, além da letra edificante: eis mais uma belíssima canção soul.


161. Jamila Woods & duendita - Tiny Garden

Do bom disco "Water Made Us" essa foi a que mais me marcou: tem um quê de Sade mais eletrônica e uma Erykah Badu mais suave. Além disso, a letra trata da importância de estar sempre alimentando o grande jardim chamado amor em um relacionamento.


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Primeira parte da lista

Ouça a playlist aqui: https://bit.ly/do200ao181


200. Dyamante DJ - Vai Novinha Ah Ah Ah

Tamborzão de rápida aderência, dos funks mais carismáticos do ano com essa simulação de sanfona e batida em formato espiral.


199. Leo Santana - Zona de Perigo

Linhas de baixo e percussão marcantes, sax cafona e letra cafajeste. O hit do Carnaval 2022 baiano ainda reverberou muito no ano seguinte.


198. Maciel Salu - Pintando o Sete

A saudade do Carnaval de Olinda estampada em nostalgia.


197. Nadson O Ferinha - Sete Bilhões (Ao Vivo)

Uma transposição imediata para uma cidade do interior. A dança colada, o tom de nostalgia romântica e o mais uma vez um sax cafona para embalar.


196. Nas - 1-800-Nas-&-Hit

Aquele velho hip hop com pegada soul e jazz em que Nas reflete sobre a parceria de sucesso com o produtor Hit-Boy.


195. Tropa do Bruxo (DJ Ws da Igrejinha, Smu, Triz & Mc Menor Thalis) - Baile do Bruxo

Funk minimalista com sotaque mineiro. Foda demais.


194. Saulo - Timidez

Uma das boas descobertas ao viajar para a Bahia esse ano foi ver de perto a versatilidade do Saulo, que consegue transitar por diversos estilos da MPB. Esse forrózinho marcou neste ano em que ele lançou nada menos do que 3 álbuns!


193. Calvin Harris & Ellie Goulding - Miracle

Nada como uma pista de dança a cintilar. Essa dedico aos amigos que curtem um bom house.


192. Danny Brown - Bass Jam

Rap diferentaço: soturno, de ares oníricos e batida downtempo. Minha favorita do ótimo “Quaranta”.


191. Carlos Lyra & Mart’nália - Lobo Bobo

Em disco derradeiro, Lyra convidou diversos cantores para celebrar a Bossa Nova. O grande destaque para mim foi a malemolência de Mart’nália dar vida e corpo ao lobo bobo.


190. Gorillaz - The Tired Influencer

Psicodelia soft com pegada reggae refletindo sobre os impactos da comunicação digital. A intacta capacidade do Damon Albarn de construir belas canções pop.


189. Altin Gün - Su Siziyor

Suíngue na fronteira entre Ocidente e Oriente. Música para chapar. 


188. Simone Mendes - Erro Gostoso

Talvez o termo “cafajeste” para o “Zona de Perigo” seja melhor empregada aqui. Simone com um alcance vocal impressionante dispara um pós-sofrência empoderado. 


187. Mc Anjim, Dj Luizin & DJ Mack - Não Apaixona

E Minas Gerais mais uma vez querendo roubar os postos de SP e RJ como os lugares que trazem os funks mais cativantes…


186. Letrux - Leões

Na primeira vez, parecia alguma música perdida da Xuxa e toda aquela áurea de breguice synthpop. Talvez seja mesmo, porque o poder chiclete é imediato e definitivo.


185. Carminho  - O Quarto (Fado Pagem) 

Toca um trechinho no filme “Pobres Criaturas”, o que é ótimo para a divulgação do fado, um gênero ao mesmo tempo que esquecido, muito belo. Essa música é de uma delicadeza que se descuidar pode até quebrar.


184. Burna Boy & 21 Savage - Sittin' on Top of the World

As definições sobre o conceito de “música foda” foram redefinidas com suceso. Quando o pujante pop nigeriano encontra o melhor do rap americano.


183. Filipe Catto - Vaca Profana

O alcance da letra subversiva de Caetano, imortalizada por Gal, adquire agora novos contextos com guitarras ferinas e belíssima voz não-binária.


182. Jorge Aragão & Xande de Pilares - Papo Preto

Sambinha meio rap neste encontro dos mestres em uma lírica sofisticada e mensagem antirracista. “Ler para a gente aprender”: seria Roberto Mendes falando?


181. Xande de Pilares - Gente

A versão que fez Caetano chorar. O cavaquinho e a percussão de samba tornam a música ainda mais universal como já era em sua letra.

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