Quinta parte da lista
Ouça a playlist aqui: www.bit.ly/do120ao101
120. Duda Beat - Saudade de Você
Entendi o fenômeno Duda Beat quando estava no Espaço Cultural Apoena em Belém, e “Bixinho” tocou, fazendo todos que estavam sentados imediatamente levantarem e dançarem. Ainda que não embarque em toda produção dela, essa música com pegada freestyle dos anos 80 foi, para mim, arrebatadora.
119. Jessie Ware – Lightning
Dos discos mais sedutores de 2023, “That! Feels Good!” trouxe essa balada que se distanciou um pouco da música disco dançante do restante, mas impressionou por suas diversas camadas pop.
118. Kelela – Bruises
Música de lamentação amorosa que impressiona por sua textura, marcação techno e dramaticidade no vocal da talentosa americana.
117. Iara Rennó – Baragbó
A primeira de uma série de músicas que vou citar do disco “Orí Okàn”: aqui temos o ranger do prato e a voz cristalina de Iara a saudar Exu. Laroyê!
116. Mateus Fazeno Rock, Age, Caio & Glhrmee - Melô da Aparecida
Da fabulosa mistura que Mateus tem feito de hip-hop com rock. Poesia rica, ritmo vibrante e saudações religiosas: perfeição em forma de música.
115. Asake – Sunshine
Mais uma demonstração do talento do nigeriano Asake: aqui temos uma melodia belíssima, com coros angelicais e a pegada rapper do cantor.
114. Wande Coal & Olamide - Kpe Paso
Que consigamos fazer uma festa em que toque afrobeats nigerianos tão fodas como esse.
113. MC Bola - Tem Amor Aí
Daqueles pagodes perfeitos: começando com um instrumento de sopro, voz de alto alcance, letra declamada, ritmo melodioso e refrão cativante. Precisa ser mais conhecido esse talentoso MC Bola
112. Maria Bethânia, João Camarero & Hermínio Bello de Carvalho - Cobras e Lagartos
Também gravada no disco em que divide o vocal com Chico Buarque, deusa Bethânia retoma essa preciosidade de Hermínio em versão quase em fado no acompanhamento de Camarero ao violão.
111. Carminho - As Fontes (Fado Sophia)
Falando em fado, essa aqui tem influência de valsa, provando o talento vocal de Carminho, sempre acompanhada de violões fabulosos.
110. ANOHNI - It's My Fault
Guitarra blues e uma voz de beleza sem igual. Essa fantástica musicista trans ainda vai aparecer muito nesta lista.
109. Fred Again…, Skrillex & Four Tet - Baby Again…
Trio poderoso na música eletrônica contemporânea, Um “house” completamente frenético e vibrante.
108. Iara Rennó – Iemanjá
Do terreiro de “Barangbó” ao violão devedor de Dorival Caymmi. A música também se encontrava na obra-prima de Serena Assumpção, cantada por Céu: mas agora despida em maior minimalismo, aumentou sua dramaticidade.
107. Travis Scott - I Know?
O rapper faz um apontamento para o impressionante R&B viajante de Frank Ocean, tornando o seu hip-hop mais imersivo.
106. Medikal – Ronaldo
Extremamente cativante rap da Gana enaltecendo o jogador português.
105. Fabiana Cozza - Senhora do Mundo
Segunda saudação para a orixá Iemanjá neste bloco de lista. Dessa vez, no trabalho em que Cozza empresta sua voz para cantar só preciosidades inéditas do seminal Nei Lopes. Em parceria com Wilson Batista, temos aqui um samba-afoxé perfeito.
104. Ali Farka Touré & Oumou Sangaré – Cherie
Grande mestre do blues africano, do Mali, Ali tem tido discos lançados postumamente após sua saída de cena em 2006. Aqui suas cordas entram em bela sintonia com a voz da sua conterrânea Oumou construindo uma linda canção.
103. Péricles - Fiquei no Quase
Difícil resistir ao carisma da grande “voz do pagode”. Sambão choroso em que a bela melodia e o vocal do Pericão entram num romance que se afasta do desamor da letra.
102. Ana Frango Elétrico - Nuvem Vermelha
Belas orquestrações em lírica sensível da Ana: mais uma bela canção de amor.
101. Rómulo Fróes & Tiago Rosas - Eu Não Tenho Fim
Em seu disco mais rockeiro, Rômulo faz um parceria com Tiago Rosas e traz nesta música a maior visceralidade da obra, de poética existencialista e guitarras ruidosas. "Entendeu? Sou a luz e eu sou o breu - tudo isto sou eu".
Quarta parte da lista
Ouça a playlist aqui: www.bit.ly/do140ao121
140. João Gomes - Pequena Flor
O “piseiro” desenvolveu esse maravilhoso poder de elevar qualquer música insossa em uma música de grande personalidade. Esse pop/reggae que era até bonitinho no original adquire aqui um maior nível de arte.
139. Rômulo Fróes, Rodrigo Campos, Anna Vis & Marcelo Cabral - Carcaça
Dessa dobradinha da “nova vanguarda paulista” que foi o reencontro de Rômulo e Rodrigo em “Elefante” essa música foi a que me impressionou: temos aqui um território pós-Carnaval de caráter apocalíptico.
138. Bebe Rexha & Snoop Dogg - Satellite
Passados 31 anos da obra-prima "Doggystyle", poucas contribuições substanciais para a música trouxe Snoop Dogg, que acabou se tornando um divertido personagem de si mesmo. Na onda dos "feats" aleatórios, uma cantora padronizada americana, a Bebe Rexha, que não conhecia até então traz essa figuraça para uma excelente canção de saudosismo "disco" com produtores de Dua Lipa e Rihanna.
137. Bongeziwe Mabandla - noba bangathini
James Blake vai para a África do Sul. Daquelas misturas azeitadas entre sons regionais com elementos eletrônicos.
136. Akira Presidente & Barba Negra - Crimes e Grifes
Do excelente disco “As incríveis histórias de: Underground Superhero vs o terrível ladrão de loops”, essa se destaca. Marcada no piano, a música tem uma atmosfera sombria e onírica, com tons de jazz.
135. Luccas Carlos, Maui & Francci - Djavan
Aquela pegada de funk melody dos anos 2000 que tem feito falta por aí.
134. Baaba Maal - Agreement
Artista veterano do Senegal, Baaba trouxe o excelente disco "Being" em 2023. Esta canção em especial se destaca pela marcação da percusão e o uso do típico instrumento de corda africano, chamado Ngoni.
133. Coruja BC1, MC Neguinho do Kaxeta & DJ Maxnosbeatz - Corpo Fechado
Rap e funk consciente que fortalece o "cuidado de si" dentro da periferia. Estamos diante de um artista de hip hop em franco progresso: o flow do Coruja tem ficado cada vez mais rápido e a lírica mais sofisticada.
132. The Rolling Stones - Depending on You
Ainda que só tenha relacionado uma música em toda a lista dos nossos bisavós do rock, revê-los esse ano com o bacana "Hackney Diamonds" foi emocionante. Aqui temos uma uma balada belíssima, com lindos elementos orquestrais. Me parece sintomático que, passadas já 6 décadas na ativa, a melhor do música do disco seja uma que trate da importância de se manter juntos!
131. Adriana Calcanhotto - Era Isso o Amor?
O típico violão apaixonado da Adriana agora somada com as guitarras distorcidas num reclame sobre o amor. Uma música de jovem guarda perdida no tempo.
130. Rusty Santos & Panda Bear - Mirror
Animal Collective é das bandas indies que mais me impressionam por sua capacidade inventiva de lidar com a psicodelia. Dela, Panda Bear faz aventuras em solo de qualidade iguais. Aqui temos assobios eletrônicos, vocais em reverb e uma atmosfera onírica completamente viciante.
129. XIS & KL Jay - Isnaipa
Olha quem está de volta! O mestre do rap consciente nacional, o "chapa o côco" do XIS, mandou esse papo retíssimo. Batida acelerada à 808, com um flow conseguindo acompanhar. "O que te espera num bucólio dia de sol?"
128. Ed Motta - Safely Far
Linhas de baixo incríveis, coro estilo do gospel, pegada entre Stevie Wonder e Earth, Wind & Fire. Um jazz-soul perfeito e imune a qualquer polêmica que ele e a indústria cultura têm alimentado.
127. Ney Matogrosso & Wilson Das Neves - Um Novo Amor Chegou
Em disco póstumo, vários artistas exaltaram a obra do mestre Wilson das Neves. Nesse petardo de samba-canção, composto por Wilson junto com Paulo César Pinheiro, divino Ney coloca toda a sua expressividade para eternizar nosso já saudoso baterista-compositor.
126. Luiza Lian - Desabriga
O afoxé-pop da Luiza continua sendo o que mais me interessa nessa talentosa jovem artista paulista. Música cheio de ruídos, batida funk e vocal sensual. Um R&B perfeito e nitidamente brasileiro.
125. Nas - Abracadabra
O veterano Nas, que trouxe em 2023 meu disco favorito de hip-hop: "Magic 2" (ainda que tenha também lançado, no mesmo ano o "3", excelente também), abre a obra com esse petardo de canção rap: flow rápido, batidas e linha de baixo bem marcadas e atmosfera onírica que remete a instrumentos de cordas orientais. Alquimia em rap.
124. Ryuichi Sakamoto - 20220214
Difícil selecionar só uma música do excelente "12", último disco lançado pelo japonês antes de falecer, Escolhi esta pela beleza de sua abstração, calma e minimalismo. Grande perda para a música essa saída de cartaz do Sakamoto.
123. LEALL, Babidi, Rock Danges, Sain & Erick Jay - Vivência Maldita
"E sua compaixão quanto vale?". Papo retíssimo que está no disco “Eu Ainda Tenho Coração”, um dos exemplos da grande cena jovem de rap carioca que, aqui, utiliza muito bem um sampler do mestre do sampler que é o D2 (hehehe).
122. António Zambujo - Os Meus Dias Não São Meus
Daqueles cristais que tem que ter cuidado ao manejar. Composição de Miguel Araújo na belíssima voz de Zambujo.
121. Tarcísio do Acordeon - Sonho de Ilusão
A sanfona que continua levando a gente para a melancolia de uma cidade perdida do Nordeste e aquele sabor agridoce da paixão não correspondida. Carta de amor.
Terceira parte da lista
Ouça a playlist aqui: www.bit.ly/do160ao141
160. Ana Frango Elétrico - Insista em Mim
Saudosismo da música feita em outrora com frescor e personalidade.
159. Vou Pro Sereno - Amar é
Aquele ótimo pagodinho romântico para balançar o coração
158. Tarcísio do Acordeon - É Melhor Terminar
Impressionante alcance vocal do Tarcísio aqui - músicas como essa recolocam o “piseiro” e o “forró eletrônico” como gêneros de grande capacidade lírica e melódica.
157. James Blake - Loading
“Músicas feitas por robôs”... O rizoma de ritmos eletrônicos de James adquire aqui seu ápice em melancolia pop.
156. Maciel Salu - Ciranda da Saudade
A rabeca a cintilar em mais um petardo do EP “Ogum” - dessa vez marcado por muita nostalgia e tons de manguebeat.
155. Maria Bethânia, Chico Chico & Maíra Freitas - Em Nome de Deus
Originalmente composta por Sérgio Sampaio, a canção adquire ares dramáticos com as vozes cavernosas de Chico Chico e Bethâ, acompanhados do piano cristalino da filha do Martinho da Vila.
154. Mariene de Castro & Roberto Mendes - Só se vê na Bahia
Violão repicado do Roberto, a voz astral da Mariene e uma saudação para lá de gostosa dos encantamentos baianos.
153. Asake - Yoga
Só mesmo o continente africano para trazer uma música com tanta presença de espírito. O nigeriano Asake, em um disco bem pop e dançante, finaliza o álbum com uma música de grande beleza edificante.
152. Japãozin - Vida Loka Também Ama
Dos piseiros que mais colaram em meus ouvidos em 2023.
151. Everything but the Girl - Nothing Left to lose
Máquina do tempo direto para os anos 80. Deliciosa canção eletropop.
150. Leo Santana - Posturado e Calmo
Em ano que bombou com “Zona de Perigo” (199o. lugar nesta minha lista), Leo soltou também esse pagodão minimalista de versos quase como quem está em um hip-hop.
149. Spoon - Sugar Babies
O indie rock ainda trazendo muitas peças de destaque. Essa banda, que tem seu auge nos anos 2000 com os fabulosos "Gimme Fiction" e "Ga Ga Ga Ga Ga", surge aqui, em tons acústicos, com críticas sobre relações amorosas por interesse. Incrível o final atmosférico muito marcado pelo som do pandeiro.
148. Lil Yachty - The Alchemist.
Uma junção muito doida de rock psicodélico com hip-hop e soul.
147. Kyan & Mu540 - total 90!
Beat acelerado, flow cadenciado, lírica criativa. Uma das peças mais cativantes do rap nacional de 2023.
146. Maciel Salu - Baila
Olha ele aqui de novo. Dessa vez com um bolero com um suíngue que cativa de primeira.
145. Elza Soares - Feminelza
Pitty deu esse presente para a Deusa Elza: a letra tem um tom político evidente, mas me encanta mais toda a estrutura orquestral da música, em uma espécie de “neo-samba joia” fantástico.
144. Puterrier - Marolento
Da fantástica fábrica de hits de funk do Heavy Baile.
143. Paramore - Liar
Linda balada rock em que Hayley Williams consegue demonstrar todo o seu talento vocal.
142. Marcelo D2 - Fonte Que eu Bebo
Das saudações de D2 à herança do samba e seus personagens, essa foi das que mais me marcou. O trecho “lá que eu vou buscar ensinamento com quem diz que foi o tempo o seu maior professor” é especialmente bela nessa composição de Fred Camacho, Carlo Caetano e Neném Chama.
141. Chico César & Geraldo Azevedo - Bicho de Sete Cabeças
Não é só mais uma simples versão desse clássico absoluto do “udigrudi” brasileiro, temos aqui nesse encontro desses dois mestres uma expansão instrumental da música que eleva todos os seus sentidos. Maravilha maravilha.
Segunda parte da lista
Ouça a playlist aqui: https://www.bit.ly/do180ao161
180. Ed Motta - Quatermass Has Told Us
A personalidade controversa do Ed não desfaz seu talento monumental em dar continuidade ao legado da música jazz.
179. Margo Price & Mike Campbell - Light Me Up
O country mais pesado que encontrei em 2023. O ritmo varia entre uma canção calcada no violão americano para expansões rockeiras.
178. Yussef Dayes & Bahia Dayes - The Light
Aquele jazz atmosférico irresistível que vai se acelerando na bateria bem marcada e tons psicodélicos.
177. A$AP Rocky - Same Problems?
Cloud rap que reflexiona sobre vícios em droga e violência urbana, temas recorrentes na cultura hip hop - aqui com ares funerais.
176. Sain & Felp 22 - Lucro
Outro cloud rap, agora de pegada jazzística, em que o filho do D2 se junta ao talento iminente do Felp 22 para tratar dos riscos da vida de ostentação.
175. Model/Actriz - Mosquito
Frenética, alucinada e vibrante canção de noise rock.
174. The Damned - You're Gonna Realise
Grupo que está na ativa desde os anos 70, traz mais um punk rock de aderência imediata.
173. Nation of Language - Spare Me the Decision
Pós-punk do bom dessa banda de Nova York não tão conhecida.
172. Sampha - Stereo Colour Cloud (Shaman's Dream)
Bateria acelerada, ritmos mecânicos e cantos ancestrais: eis uma obra-prima de canção R&B.
171. Mateus Fazeno Rock, Age & Caio - Nome de Anjo
O Mateus não tá só 'fazeno' rock: é uma mistura de estilos tão bem realizada que demonstra uma inventividade única. Aqui, o cearense se concentra numa balada rap-rock em uma espécie de Charlie Brown Jr. mais sombrio. Foda demais.
170. Yussef Dayes, Venna & Charlie Stacey - Black Classical Music
O excelente disco “Black Classical Music” traz um repertório muito amplo de variedades de estilos do jazz. A música homônima, que abre o disco, já dá cartada imediata.
169. Rodrigo Campos & Juçara Marçal - Japonego
Saxofone absurdo de Thiago França a embalar a lírica sofisticada de Rodrigo Campos sobre um trabalhador japonês de uma indústria que atua como um samurai ancestral. Ah, temos também a bela voz de Juçara Marçal atuando nesse exemplo de excelência da neo-vanguarda paulista.
168. Jards Macalé - Coração Bifurcado
Sambinha torto, característico do mestre Jards, de voz cada vez mais Tom Waitsiana. Detalhe para a guitarrinha nitidamente baiana “na encruza”.
167. Omar Sosa & Tiganá Santana - Muilo
A música mais minimalista do genial “Iroko”, um encontro do jazz cubano com o afoxé baiano.
166. Black Pumas - Tomorrow
Bom saber que ainda temos espaço para essas músicas soul de cativante apelo dramático e caráter atmosférico.
165. Marcelo D2 - Até Clarear
A devoção de D2 para o samba em “Iboru” pode ser sintetizada neste excelente rap-pagode que saúda Zeca e Iansã. "Vamos até de manhã!"
164. Banda Eddie, Karina Buhr & Isaar - É de Fazer Chorar
Das músicas de término do Carnaval (o fim de um sonho? rs), o frevo pernambucano tem essa canção de Luiz Bandeira como grande símbolo. Essa versão adiciona elementos rockeiros e psicodélicos, mas no final tudo acaba num grande frevão mesmo.
163. Saulo - Batuque Bahia Orixá
Ouvi essa música pela primeira vez no seu frenético trio de Carnaval descendo a Ladeira da Praça. Não é preciso dizer mais nada.
162. Black Pumas - Mrs. Postman
Pianinho bem marcado, com articulação do pandeiro e elementos psicodélicos, além da letra edificante: eis mais uma belíssima canção soul.
161. Jamila Woods & duendita - Tiny Garden
Do bom disco "Water Made Us" essa foi a que mais me marcou: tem um quê de Sade mais eletrônica e uma Erykah Badu mais suave. Além disso, a letra trata da importância de estar sempre alimentando o grande jardim chamado amor em um relacionamento.
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Primeira parte da lista
Ouça a playlist aqui: https://bit.ly/do200ao181
200. Dyamante DJ - Vai Novinha Ah Ah Ah
Tamborzão de rápida aderência, dos funks mais carismáticos do ano com essa simulação de sanfona e batida em formato espiral.
199. Leo Santana - Zona de Perigo
Linhas de baixo e percussão marcantes, sax cafona e letra cafajeste. O hit do Carnaval 2022 baiano ainda reverberou muito no ano seguinte.
198. Maciel Salu - Pintando o Sete
A saudade do Carnaval de Olinda estampada em nostalgia.
197. Nadson O Ferinha - Sete Bilhões (Ao Vivo)
Uma transposição imediata para uma cidade do interior. A dança colada, o tom de nostalgia romântica e o mais uma vez um sax cafona para embalar.
196. Nas - 1-800-Nas-&-Hit
Aquele velho hip hop com pegada soul e jazz em que Nas reflete sobre a parceria de sucesso com o produtor Hit-Boy.
195. Tropa do Bruxo (DJ Ws da Igrejinha, Smu, Triz & Mc Menor Thalis) - Baile do Bruxo
Funk minimalista com sotaque mineiro. Foda demais.
194. Saulo - Timidez
Uma das boas descobertas ao viajar para a Bahia esse ano foi ver de perto a versatilidade do Saulo, que consegue transitar por diversos estilos da MPB. Esse forrózinho marcou neste ano em que ele lançou nada menos do que 3 álbuns!
193. Calvin Harris & Ellie Goulding - Miracle
Nada como uma pista de dança a cintilar. Essa dedico aos amigos que curtem um bom house.
192. Danny Brown - Bass Jam
Rap diferentaço: soturno, de ares oníricos e batida downtempo. Minha favorita do ótimo “Quaranta”.
191. Carlos Lyra & Mart’nália - Lobo Bobo
Em disco derradeiro, Lyra convidou diversos cantores para celebrar a Bossa Nova. O grande destaque para mim foi a malemolência de Mart’nália dar vida e corpo ao lobo bobo.
190. Gorillaz - The Tired Influencer
Psicodelia soft com pegada reggae refletindo sobre os impactos da comunicação digital. A intacta capacidade do Damon Albarn de construir belas canções pop.
189. Altin Gün - Su Siziyor
Suíngue na fronteira entre Ocidente e Oriente. Música para chapar.
188. Simone Mendes - Erro Gostoso
Talvez o termo “cafajeste” para o “Zona de Perigo” seja melhor empregada aqui. Simone com um alcance vocal impressionante dispara um pós-sofrência empoderado.
187. Mc Anjim, Dj Luizin & DJ Mack - Não Apaixona
E Minas Gerais mais uma vez querendo roubar os postos de SP e RJ como os lugares que trazem os funks mais cativantes…
186. Letrux - Leões
Na primeira vez, parecia alguma música perdida da Xuxa e toda aquela áurea de breguice synthpop. Talvez seja mesmo, porque o poder chiclete é imediato e definitivo.
185. Carminho - O Quarto (Fado Pagem)
Toca um trechinho no filme “Pobres Criaturas”, o que é ótimo para a divulgação do fado, um gênero ao mesmo tempo que esquecido, muito belo. Essa música é de uma delicadeza que se descuidar pode até quebrar.
184. Burna Boy & 21 Savage - Sittin' on Top of the World
As definições sobre o conceito de “música foda” foram redefinidas com suceso. Quando o pujante pop nigeriano encontra o melhor do rap americano.
183. Filipe Catto - Vaca Profana
O alcance da letra subversiva de Caetano, imortalizada por Gal, adquire agora novos contextos com guitarras ferinas e belíssima voz não-binária.
182. Jorge Aragão & Xande de Pilares - Papo Preto
Sambinha meio rap neste encontro dos mestres em uma lírica sofisticada e mensagem antirracista. “Ler para a gente aprender”: seria Roberto Mendes falando?
181. Xande de Pilares - Gente
A versão que fez Caetano chorar. O cavaquinho e a percussão de samba tornam a música ainda mais universal como já era em sua letra.
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