Retirada de Glauber Braga do plenário gera apelos por apuração de violência contra imprensa

Deputado questiona condução de Hugo Motta e relaciona ação ao processo de cassação que será votado nesta semana

Frame Deputado Glauber Braga/Facebook

O deputado Glauber Braga foi retirado à força da cadeira da presidência da Câmara dos Deputados pela Polícia Legislativa, em Brasília. O parlamentar falou com a imprensa após a ação e questionou a postura do presidente da Câmara, Hugo Motta.

Glauber afirmou que Motta teria sido permissivo quando deputados da direita ocuparam a mesa do plenário por dois dias, em agosto. Segundo ele, a reação diferente ao seu ato estaria ligada a uma articulação para votar, ainda nesta semana, seu processo de cassação por quebra de decoro parlamentar.

O deputado também relacionou o episódio ao que chamou de ofensiva para aprovar mudanças no pacote de anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou a possibilidade de redução de pena e a manutenção dos direitos políticos de Eduardo Bolsonaro.

Hugo Motta publicou nota nas redes sociais após a remoção do parlamentar. Ele afirmou que Glauber reincidiu em atitudes que desrespeitam a Câmara e o Poder Legislativo. Motta citou a ocupação anterior de uma comissão e a greve de fome realizada pelo deputado.

O presidente da Câmara disse que a democracia deve ser protegida de gestos autoritários e determinou apuração sobre possíveis excessos cometidos por policiais legislativos. Vídeos divulgados após o episódio mostram agressões a jornalistas que trabalhavam no local.

Motta também informou que colocará em votação as cassações de Carla Zambelli e Alexandre Ramagem, condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, deve iniciar o processo de cassação de Eduardo Bolsonaro por faltas acima do limite permitido.

Com Agência Brasil