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Jovens são as principais vítimas de violências e acidentes no Brasil, aponta estudo

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Um estudo epidemiológico da Fiocruz revela que a faixa etária é um fator de risco mais significativo do que a localização geográfica para violências e acidentes no Brasil. A pesquisa analisou dados de 2022 e 2023 da população entre 15 e 29 anos.


A juventude apresenta uma taxa de mortalidade por essas causas maior do que a da população em geral em todos os estados. Na maioria deles, a diferença supera 50%. Na Paraíba, chega a 90%.


Mortalidade juvenil é 50% maior


De acordo com o levantamento, 65% das mortes na juventude resultam de causas externas. Isso representa 84.034 dos 128.826 óbitos registrados no período.


A taxa de mortalidade por violências e acidentes entre jovens é de 185,5 para cada 100 mil habitantes. O número é superior à taxa da população geral, que é de 149,7. Entre os jovens de 20 a 24 anos, o índice sobe para 218,2.


Para o conjunto da população brasileira, essas causas representam apenas 10% do total de óbitos. Mais de um terço de todos os casos de violência notificados no SUS vitimaram jovens.


Faixa etária define o tipo de violência


O coordenador da pesquisa, André Sobrinho, destaca a importância de não enxergar a juventude de forma homogênea. Ele afirma que as questões de saúde incidem de maneira diferente ao longo do ciclo juvenil.


Jovens no final da adolescência, de 15 a 19 anos, sofrem mais violência no geral, especialmente a física. Já os jovens de 20 a 24 anos, que costumam ingressar no mercado de trabalho, estão mais sujeitos a uma morte violenta.


Armas de fogo e motos lideram as causas


A principal forma de violência sofrida pelos jovens é a agressão física, com 47% dos casos. Em seguida, aparecem a violência psicológica/moral (15,6%) e a sexual (7,2%).


A principal causa de morte violenta na juventude são as agressões com armas de fogo. Acidentes de transporte matam principalmente homens, que são 84% das vítimas. Desses óbitos, 53% envolvem motocicletas.


A intervenção legal, ou ação da polícia, responde por 3% das mortes por causas externas entre jovens. Na população total, esse valor é de apenas 1%.


Nordeste e Norte concentram os maiores riscos


Os maiores riscos de morte por violências e acidentes na juventude estão nos estados do Nordeste e do Norte. O Amapá e a Bahia se destacam com as taxas mais altas para a faixa de 20 a 24 anos.


As Unidades da Federação com as maiores taxas de violência contra jovens são Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Roraima. A taxa para a população brasileira como um todo é de 250,6 para cada cem mil habitantes.


Com informações da Fiocruz




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