O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, declarou que traficantes atiraram intencionalmente contra pessoas na Avenida Brasil nesta quinta-feira (24), como uma resposta à operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, Zona Norte da cidade. Segundo Castro, o tráfico de drogas teria usado violência contra motoristas e passageiros na tentativa de fuga da polícia.
De acordo com o governador, a operação policial visava combater roubos de veículos e cargas, além de atender à solicitação de uma empresa de telecomunicações com sinal cortado na região. Ele afirmou que a inteligência policial indicou a presença de um dos líderes da facção no local, o que teria intensificado a ação do tráfico contra a polícia e civis.
“Essas pessoas não foram vitimadas em uma troca de tiros com a polícia. Elas foram assassinadas pelo tráfico. A ordem foi atirar nas pessoas no outro lado da rua”, disse Castro, ao relatar que três pessoas foram mortas e outras duas feridas.
Reação de parlamentares e críticas ao governo estadual
Após o ocorrido, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) divulgou uma nota criticando a ação. Segundo a comissão, a operação foi “improdutiva e mal planejada”, resultando em consequências negativas para a população local, com ruas fechadas, interrupções nas linhas de trem e limitações no direito de ir e para os cidadãos. A CDDHC questionou o uso de recursos públicos em operações que, segundo o órgão, segue uma “lógica belicista”.
Chamado de reforço federal
Castro reiterou a necessidade de ações federais para conter o tráfico de armas e drogas que, de acordo com o governador, entram no estado por meio de portos e aeroportos federais. “Só este ano, apreendemos 540 fuzis e 55 toneladas de drogas. Precisamos da atenção do governo federal para que o nosso trabalho tenha efetividade”, declarou.
*Com informações da Agência Brasil
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