Black Friday deve movimentar R$ 5,4 bilhões no comércio brasileiro
- Redação RT Notícia
- 27 de nov
- 2 min de leitura
CNC aponta setor de hiper e supermercados como principal destaque

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que a Black Friday deste ano movimente R$ 5,4 bilhões no comércio brasileiro. O volume representa aumento de 2,4% em relação a 2024, já descontada a inflação.
A pesquisa considera o desempenho de todo o mês de novembro e não apenas o dia oficial das promoções, marcado para o dia 28.
Setores com maior participação
Os setores que devem ter maior volume de vendas são:
hiper e supermercados: R$ 1,32 bilhão
eletroeletrônicos e utilidades domésticas: R$ 1,24 bilhão
móveis e eletrodomésticos: R$ 1,15 bilhão
vestuário, calçados e acessórios: R$ 950 milhões
farmácias, perfumarias e cosméticos: R$ 380 milhões
livrarias, papelarias, informática e comunicação: R$ 360 milhões
Segundo a CNC, a Black Friday já é a quinta data mais importante para o comércio nacional, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
Fatores que influenciam as vendas
O levantamento associa o movimento de compras à desvalorização do dólar, ao crescimento do emprego e à melhora da renda média do trabalhador. A taxa de desemprego chegou a 5,6% no trimestre encerrado em setembro, o menor índice desde o início da série histórica do IBGE, em 2002.
Entretanto, a CNC aponta obstáculos que limitam um crescimento ainda maior, como os juros elevados e o endividamento das famílias. Cerca de 30,5% das famílias estão com contas em atraso, segundo pesquisa da entidade.
A concorrência com sites estrangeiros também afeta o mercado interno, com consumidores optando por compras internacionais.
Descontos monitorados
A CNC acompanhou 150 preços de produtos em 30 categorias. Em 70% delas, os preços já apresentavam tendência de queda superior a 5%, indicando potencial relevante de desconto. As maiores reduções médias foram:
papelaria: 10,14%
livros: 9,02%
joias e bijuterias: 9,01%
perfumaria: 8,20%
utilidades domésticas: 8,18%
higiene pessoal: 8,11%
moda: 7,82%
Cuidados para evitar golpes
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) divulgou orientações para reduzir riscos durante o período de promoções. Entre as recomendações estão:
Desconfiar de descontos muito acima da média
Checar a reputação das lojas em sites de reclamações
Verificar políticas de entrega e reembolso
Confirmar se o site está identificado como seguro (https e cadeado no navegador)
Lembrar que compras on-line têm direito de arrependimento em até sete dias
Em casos de suspeita de propaganda enganosa ou prejuízo, a denúncia pode ser feita no portal consumidor.gov.br ou no Procon do estado.
Golpes com uso de inteligência artificial
Uma pesquisa do Reclame Aqui aponta que 63% dos consumidores não conseguem identificar fraudes produzidas com inteligência artificial. Especialistas citam alguns sinais de alerta:
Vídeos com falas descompassadas ou vozes artificiais
Uso de celebridades em contextos incomuns
Erros sutis de concordância e linguagem repetitiva
Perfis falsos com aparência profissional
Imagens com proporções distorcidas ou logotipos alterados
Histórico da data
A Black Friday brasileira é inspirada na liquidação do comércio dos Estados Unidos após o Dia de Ação de Graças. Em 2010, o movimento era estimado em R$ 1,52 bilhão, com participação restrita a alguns segmentos. Atualmente, abrange diversos setores e tem presença consolidada na economia nacional.
*Com Agência Brasil









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