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56% dos brasileiros têm medo de falar sobre política no WhatsApp

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O brasileiro está falando menos sobre política no WhatsApp. O compartilhamento de notícias políticas caiu nos grupos de família, amigos e trabalho entre 2021 e 2024.

Os dados fazem parte do estudo


Os Vetores da Comunicação Política em Aplicativos de Mensagens, divulgado nesta segunda-feira (15). A pesquisa foi realizada pelo InternetLab e pela Rede Conhecimento Social.


Queda em todos os tipos de grupos


Em 2021, 34% das pessoas afirmavam que os grupos de família eram os locais onde mais apareciam mensagens sobre política, políticos e governo. Em 2024, o percentual caiu para 27%.


Nos grupos de amigos, a proporção diminuiu de 38% para 24%. Já nos grupos de trabalho, a redução foi de 16% para 11%. A participação em grupos específicos de debates políticos também registrou queda. Apenas 6% dos usuários estão nesses ambientes, contra 10% em 2020.


Medo de expressar opinião predomina


A pesquisa identificou que 56% dos entrevistados sentem medo de emitir opinião sobre política porque consideram o ambiente muito agressivo. O receio aparece em diferentes espectros políticos. Entre pessoas que se consideram de esquerda, o percentual é de 63%. No centro político, alcança 66%. Entre pessoas de direita, chega a 61%.


Autorregulação e estratégias para evitar conflitos


Metade dos entrevistados (52%) afirma que se policia cada dia mais sobre o que fala nos grupos. Outros 50% evitam falar de política no grupo da família para fugir de brigas.

Cerca de 65% dizem evitar compartilhar mensagens que possam atacar os valores de outras pessoas. Dos respondentes, 29% já saíram de grupos onde não se sentiam à vontade para expressar opinião política.


Como alguns usuários abordam política no WhatsApp


Entre os 44% que se consideram seguros para falar sobre política no aplicativo, três estratégias se destacam. Cerca de 30% acham que mensagens de humor são uma forma de abordar política sem provocar brigas. Outros 34% preferem falar sobre política no privado do que em grupos. E 29% falam sobre o tema apenas em grupos com pessoas que pensam de forma semelhante.


Uma minoria mantém postura diferente. Cerca de 12% compartilham conteúdo considerado importante mesmo que possa causar desconforto. Outros 18% afirmam que compartilham ideias mesmo que possam parecer ofensivas.


Metodologia da pesquisa


O levantamento coletou informações de forma online com 3.113 pessoas com 16 anos ou mais. A coleta ocorreu entre 20 de novembro e 10 de dezembro de 2024. Participaram pessoas de todas as regiões do Brasil.


A pesquisa identificou que 54% dos usuários de WhatsApp estão em grupos de família, 53% em grupos de amigos e 38% em grupos de trabalho. O estudo recebeu apoio financeiro do WhatsApp. Segundo o InternetLab, a empresa não teve ingerência sobre a pesquisa.


Desenvolvimento de normas éticas


Heloisa Massaro, diretora do InternetLab e uma das autoras do estudo, observa que o WhatsApp está integrado ao cotidiano das pessoas. Assim como nas interações presenciais, o assunto política faz parte das conversas no aplicativo.


O estudo é realizado anualmente desde o fim de 2020. Segundo Massaro, ao longo dos anos, os usuários desenvolveram normas éticas próprias para lidar com a comunicação política no aplicativo, principalmente nos grupos.


Com Agência Brasil

Foto: Pexels

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