Deputado Rodrigo Bacellar é preso pela PF em ação sobre vazamento de operação no Rio

Supremo determinou prisão preventiva e mandados de busca e apreensão

Foto: Brasil de Fato

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (3) durante a Operação Unha e Carne, conduzida pela Polícia Federal. A ação apura o vazamento de informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun.

Mandados foram cumpridos na Alerj e no depoimento do parlamentar

Agentes da Polícia Federal estiveram na sede da Alerj no início da manhã para cumprir mandados de busca e apreensão na sala da presidência. No mesmo período, Bacellar prestava depoimento na sede da PF, no Rio de Janeiro.

Minutos após o depoimento, o parlamentar foi detido preventivamente. Segundo a investigação, ele é suspeito de repassar informações que teriam antecipado detalhes da operação que mirava o deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias.

PF aponta prejuízo às investigações da Operação Zargun

A Polícia Federal informou que o vazamento comprometeu o andamento da Operação Zargun, que resultou na prisão de TH Joias em setembro de 2025. As investigações apontam que o deputado atuava como intermediário na compra e venda de armas para integrantes do Comando Vermelho.

A nova fase do inquérito busca identificar os responsáveis pelo repasse ilegal de informações e esclarecer possíveis conexões com agentes públicos.

Ação cumpre decisões do Supremo Tribunal Federal

A operação desta quarta-feira cumpre um mandado de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e um mandado de intimação. Todos foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

Segundo a PF, a Operação Unha e Carne integra determinação do STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635), que delegou à corporação a investigação sobre a atuação de grupos criminosos violentos no estado e suas ligações com agentes públicos.

Alerj aguarda informações oficiais

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre a operação. Após receber os detalhes, a Casa pretende adotar as medidas cabíveis.

*Com informações da Agência Brasil