O hip-hop brasileiro, que completa 40 anos de trajetória no país, está se destacando como um setor cultural de relevância. Durante o 3º Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), realizado em Belém, no Pará, o movimento conquistou espaço como setor criativo específico, ao lado de outros 15 segmentos. Esse reconhecimento evidencia um movimento de transição da arte marginal para uma presença marcante no mercado criativo.
Desenvolvimento
Pioneiros como o DJ Raffa Santoro, do Distrito Federal, destacam que, apesar dos avanços, o hip-hop ainda enfrenta marginalização. Contudo, eventos como o MICBR indicam uma mudança nesse cenário, com empresas e festivais apostando no potencial do movimento. O consultor de negócios do MICBR, Udi Santos, ressalta a identidade única do hip-hop, que permite uma valorização no âmbito das indústrias criativas.
O produtor cultural e MC Subversivo, de Manaus, busca parcerias para seu projeto "Crianças do Gueto" e aponta a concentração de oportunidades na região sudeste, destacando a necessidade de mais incentivo à cultura por parte dos governos estaduais.
Perspectivas Internacionais
O produtor John Rodrigues, do festival Hip-Hop al Park na Colômbia, ressalta a importância do hip-hop como ferramenta de transformação social e defende um intercâmbio entre artistas brasileiros e colombianos para fortalecer o mercado. O argentino Pablo Vergara, da Milo Records, busca conectar as culturas do hip-hop da Argentina e do Brasil, superando as barreiras linguísticas.
Edital
O Ministério da Cultura lançou um edital específico para iniciativas principais da cultura hip-hop, evidenciando um movimento de apoio às expressões culturais urbanas. O Prêmio Cultura Viva - Construção Nacional do Hip-Hop destinará 6 milhões de reais a iniciativas e está com inscrições abertas até 11 de dezembro.
Da Redação, com Agência Brasil
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