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Brasil registra avanços em desigualdade, mas desafios permanecem

Relatório aponta melhorias em educação, emprego e meio ambiente, mas destaca desigualdades raciais, regionais e de gênero

Foto:  Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto:  Fernando Frazão/Agência Brasil


O Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades lançou, em Brasília, o terceiro Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades 2025, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Dos 43 indicadores analisados, 25 registraram avanços, enquanto três tiveram retrocessos e oito permaneceram estáveis.


O documento mostra melhora em áreas como meio ambiente, educação, saúde e emprego. No entanto, desigualdades raciais, regionais e de gênero seguem presentes no país.


Meio ambiente e clima


O relatório aponta redução de 41,3% na área desmatada entre 2022 e 2024 e queda das emissões de dióxido de carbono por pessoa, passando de 12,4 tCO₂e em 2022 para 10,8 tCO₂e em 2023. Apesar da tendência geral de redução, estados como Acre, Roraima e Piauí registraram aumento no desmatamento.


Educação


Entre 2022 e 2024, o percentual de crianças de 0 a 3 anos em creches subiu de 30,7% para 34,6%, abaixo da meta de 50% prevista pelo Plano Nacional de Educação. A escolarização no ensino médio cresceu de 71,3% para 74% e, no ensino superior, de 20,1% para 22,1%.


Mulheres têm maior participação no ensino superior em comparação aos homens, com destaque para a diferença entre mulheres negras (20,3%) e não negras (32,4%).


Emprego e renda


O rendimento médio alcançou R$ 3.066 em 2024, com crescimento real de 2,9% em relação ao ano anterior. A taxa de desocupação caiu de 7,8% em 2023 para 6,6% em 2024, com redução mais acentuada entre mulheres e população negra.


Apesar dos avanços, a concentração de renda continua elevada. Em 2024, o 1% mais rico ganhou 30,5 vezes mais do que os 50% mais pobres, número ligeiramente menor que em 2023.


Saúde


A mortalidade materna caiu de 113 óbitos por 100 mil nascidos vivos em 2021 para 52 em 2023. No entanto, regiões Norte e Nordeste registraram taxas superiores à média nacional.


O relatório também mostra aumento da taxa de mortes evitáveis, que passou de 30,6% em 2021 para 39,2% em 2023, com maior impacto entre homens negros.


Persistência das desigualdades


O estudo indica que, apesar das melhorias, persistem disparidades significativas. A violência contra mulheres cresceu, com aumento nos casos de feminicídio entre 2020 e 2024. A desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres também se manteve, com trabalhadoras recebendo, em média, 73% do rendimento masculino.


As desigualdades raciais e regionais também seguem evidentes em áreas como acesso à creche, mortalidade infantil e condições de moradia.


Perspectivas


O relatório conclui que a superação da desigualdade no Brasil depende tanto de investimentos em empregos de qualidade e industrialização quanto da continuidade de políticas públicas sustentadas pelo Estado.


*Com informações da Agência Brasil

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