Os ministérios das Comunicações e das Cidades lançaram, nesta quinta-feira (28), o programa CEP para Todos, que promete levar endereços postais a 12,3 mil favelas e comunidades urbanas do Brasil até 2026. A iniciativa faz parte do programa Periferia Viva, que visa à urbanização de comunidades e à ampliação da inclusão social e econômica.
Inclusão postal e cidadania
O programa CEP para Todos busca atender regiões historicamente desassistidas, promovendo o reconhecimento oficial de endereços em favelas e comunidades urbanas. Em seu discurso, o presidente Lula, ressaltou a importância do programa. “O dia de hoje é o dia que em que a periferia deste país se torna mais visível para a sociedade. Quero parabenizar os ministérios envolvidos nas ações deste programa porque não é fácil a gente decidir fazer política pública para os mais humildes. É sempre muito difícil”, afirmou Lula.
Segundo o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, a ação vai além da ampliação do acesso a serviços postais: "Um endereço oficial garante o acesso a outros serviços públicos e resgata a cidadania."
O projeto também prevê a instalação de canais de atendimento dos Correios em 100 favelas do país, facilitando o acesso de moradores aos serviços postais.
CEP digital como inovação
Além da expansão do CEP tradicional, será desenvolvido o CEP Digital, que utiliza tecnologias de geoprocessamento para aprimorar a infraestrutura postal e digitalizar o sistema de endereçamento. O CEP Digital deve melhorar a eficiência de serviços públicos e políticas sociais, além de fomentar negócios ao conectar comunidades ao mercado digital.
Parceria para implementação
A ação é fruto de um acordo de cooperação técnica entre os Correios e a Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades. A iniciativa também expande o modelo do projeto-piloto já implementado na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, a terceira maior favela do Brasil.
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