Brasil reforça posição em negociações globais sobre poluição plástica

Governo destaca transição justa, financiamento e apoio a catadores durante reunião suspensa em Genebra

Foto: Sara Rangel/Divulgação

O governo brasileiro lamentou a suspensão da quinta sessão do Comitê Intergovernamental de Negociação (INC), responsável por elaborar um acordo global contra a poluição plástica. A reunião aconteceu em Genebra, na Suíça, e foi interrompida sem consenso.

Posição do Brasil nas negociações

Segundo o Itamaraty, a delegação brasileira atuou de forma ativa nas discussões. O país apresentou propostas em áreas como financiamento, saúde, cooperação internacional e transição justa.

O governo também destacou a necessidade de apoio dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento. Entre os pontos defendidos, está o reconhecimento do papel dos catadores na cadeia de resíduos.

Direitos humanos e impactos sociais

Durante as negociações, o Brasil enfatizou a proteção aos direitos humanos, com atenção especial a povos indígenas, comunidades tradicionais, marisqueiras e pescadores artesanais.

A pauta da transição justa foi bem recebida por representantes do setor de reciclagem e organizações de trabalhadores, que reconheceram a importância social e econômica das atividades ligadas à gestão de resíduos.

Avanços e desafios

O Brasil buscou adotar uma posição intermediária para aproximar visões divergentes sobre o tema. Questões como os plásticos de maior impacto poluidor e os riscos à saúde humana foram discutidas, mas o tempo não foi suficiente para um consenso global.

Compromisso brasileiro

Após três anos de negociações no INC, o Itamaraty reafirmou que o país continuará engajado nos esforços para alcançar um acordo internacional. O objetivo é combater a poluição plástica, proteger o meio ambiente, preservar a saúde humana e incluir preocupações sociais no contexto do desenvolvimento sustentável.

*Com informações da Agência Brasil