Moradores de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e a Ilha de Paquetá estão há mais de 50 horas sem o fornecimento de água, devido a um vazamento de tolueno, poluente industrial identificado pelos órgãos ambientais do estado do Rio de Janeiro.
A substância contaminou o Sistema Imunana-Laranjal, principal fonte de abastecimento de água da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), afetando as cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e a Ilha de Paquetá. O tolueno é amplamente utilizado na indústria, mas seu manejo requer cuidados devido aos riscos à saúde.
A paralisação da produção de água tratada pela Cedae pode afetar mais de dois milhões de pessoas. Moradores de diversos bairros de Niterói já relatam falta d’água, enquanto técnicos da Cedae e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) trabalham para normalizar o sistema. A previsão é de que o restabelecimento do abastecimento comece ainda hoje.
As autoridades agiram rapidamente para identificar o ponto exato do vazamento, localizado no Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense. Uma força-tarefa foi criada para investigar o incidente, e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) instaurou um inquérito para apurar responsabilidades.
Temendo um desabastecimento prolongado, muitos moradores de Niterói correm para garantir o estoque de água, formando longas filas nos supermercados. Nesta quinta-feira (4), o produto já não era encontrado em algumas lojas. A concessionária Águas de Niterói informou que o abastecimento na cidade continua suspenso e não há previsão de retorno. A população está sendo orientada a economizar água até que a situação seja normalizada. A Cedae também está abastecendo com carros-pipa locais que prestam serviços essenciais, como hospitais e escolas.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) também está atuando no caso, cobrando informações da Cedae sobre as medidas adotadas diante da presença do poluente no manancial de captação de água. O Inea e a Polícia Civil estão realizando investigações para identificar as possíveis fontes de contaminação e os responsáveis pelo vazamento.
Com Agência Brasil
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