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Trump é eleito presidente dos Estados Unidos

Redação RT Notícia

Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos


Quatro anos após ser derrotado por Joe Biden, Donald Trump retorna à Casa Branca. O republicano de 78 anos volta a comandar a maior potência mundial e e se torna o mais velho candidato a ser eleito na história dos Estados Unidos. "A América nos deu um mandato sem precedentes, disse Trump nesta madrugada na Flórida, onde acompanhou os resultados.


Seu retorno ao cargo vem em um cenário de desafios internos e externos: processos legais pendentes, uma Suprema Corte conservadora e a promessa de uma abordagem nacionalista na política externa, com foco em fortalecer as fronteiras e rever o papel dos EUA em alianças internacionais, como a Otan. Trump também prometeu enfrentar questões econômicas, como a inflação e os impostos, com medidas populistas. O empresário e político republicano venceu a candidatura democrata Kamala Harris em uma eleição que revelou uma orientação significativa à direita no cenário político americano.


A Eleição: retomada do poder pelo Partido Republicano


Trump foi declarado vencedor na manhã desta quarta-feira (06), após alcançar 276 dos 538 votos do Colégio Eleitoral, ultrapassando a marca mínima de 270 delegados. Além da vitória eleitoral, Trump superou Kamala Harris no voto popular, obtendo 68 milhões de votos contra 62,9 milhões da democracia. Esta foi a primeira vez desde 2004 que um republicano se elegeu com maioria no voto popular, destacando um retorno expressivo de eleitores que se sentiram decepcionados com a administração de Joe Biden.


A vitória de Trump foi ainda mais impactante pelo fato de ter conquistado todos os sete estados-pêndulo, incluindo o resultado surpreendente no Wisconsin e na região de Miami, na Flórida, onde os republicanos não ganharam desde 1988. Este resultado refletiu um aumento no apoio entre eleitores negros e latinos, especialmente entre homens jovens, uma parcela do eleitorado que tem mostrado popularidade crescente pelo discurso conservador do ex-presidente.


Senado e nova base de apoio


Junto com a vitória presidencial, o Partido Republicano reassumiu o controle do Senado, conquistando 51 dos 100 assentos. Esse resultado configura um ambiente político mais favorável para Trump em comparação com seu primeiro mandato, quando houve resistência tanto de democratas quanto de membros do próprio partido. A atual composição do Congresso e a maioria conservadora na Suprema Corte conferem ao presidente eleito maior liberdade para implementar sua agenda.


Durante seu discurso de vitória na Flórida, Trump destacou a relevância de sua reeleição como um ponto de virada para o país. “Este será para sempre lembrado como o dia em que o povo americano recuperou o controle de seu país”, declarou à uma multidão eufórica em West Palm Beach. Com a promessa de "curar a nação" e promover uma nova era de riquezas, Trump reforçou seu compromisso com políticas econômicas que visam cortar, isentar impostos e contribuições de tributos e aplicar tarifas de importação em larga escala.



Imigração e segurança nacional


A plataforma de Trump continua centrada em políticas de imigração rigorosas, com a promessa de realizar a maior deportação em massa da história americana e fortalecer as fronteiras. Essa abordagem encontrou ressonância em uma população preocupada com questões de segurança e empregos. Durante sua campanha, Trump não hesitou em conceder à imigração descontrolada a culpa por problemas como a criminalidade e o aumento do custo de vida.


As suas declarações, associadas ao histórico de persistência com temas de segurança e economia, consolidaram o apoio dos setores mais conservadores do eleitorado, que veem nele uma figura de força capaz de restaurar a "grandeza" americana em um cenário global tumultuado.


Impactos e preocupações internacionais


O retorno de Trump à presidência reacendeu temores na Europa e em outros aliados históricos dos EUA. Crítico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Trump já sinalizou uma postura mais isoladora, exigindo que os parceiros aumentem suas contribuições financeiras e assumam maior responsabilidade pela própria defesa. Essa posição coloca em alerta os países europeus, especialmente frente à atual ameaça russa e à guerra na Ucrânia.


Além disso, Trump prometeu agir rapidamente para resolver os conflitos internacionais, mencionando a intenção de usar as suas relações com líderes como Vladimir Putin para negociar a paz no Leste Europeu e Oriente Médio. Essa postura de autoproclamado pacificador, embora vista com ceticismo por muitos, reforçou sua imagem de líder forte e destemido entre seus apoiadores.


Desafios Internos e processos Legais


A reeleição de Trump também levanta questões sobre o impacto de seus processos judiciais em andamentos, incluindo a tentativa de reverter os resultados das eleições de 2020 e uma explicação em um caso envolvendo a atriz pornô Stormy Daniels. Com a presidência, Trump garante imunidade parcial, o que pode afetar significativamente a condução de investigações federais e estaduais contra ele.


Juridicamente, uma vitória de Trump pode levar ao arquivamento ou congelamento de alguns desses processos. Os analistas acreditam que a volta ao poder também traz uma chance de reescrever os capítulos finais de sua própria narrativa, transformando adversidades legais em uma saga de superação que seus apoiadores abraçam fervorosamente.


Um Partido Republicano transformado


O retorno de Trump simboliza a consolidação do trumpismo como a principal força motriz dentro do Partido Republicano. Seu vice-presidente, JD Vance, de 40 anos, surge como um potencial herdeiro dessa base conservadora e populista. Vance compartilha das visões anti-imigração e de crítica ao intervencionismo global, posicionando-se como uma figura chave na continuação desse movimento.


Seus críticos, por outro lado, alertam que a vitória de Trump pode marcar um período de maior polarização política e desafios à estabilidade democrática dos EUA. A retórica extremista que caracterizou seu primeiro mandato e a persistente divisão entre as visões políticas do país sugere um futuro incerto para a maior potência do mundo.


*Com agências internacionais

Foto: RS/Fotos Públicas

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