Tratamento individualizado pode melhorar resposta contra a depressão, aponta estudo

Tratamento personalizado pode melhorar resposta contra a depressão

Um estudo publicado na revista Nature Medicine identificou seis subtipos diferentes de depressão, o que pode ajudar a personalizar o tratamento para pacientes com a doença. O estudo, realizado nos Estados Unidos, analisou circuitos cerebrais de 801 pessoas diagnosticadas com depressão ou ansiedade por meio de ressonância magnética funcional e inteligência artificial.

Seis subtipos de depressão identificados por ressonância magnética e IA

Os pesquisadores avaliaram a atividade cerebral de pessoas com depressão e ansiedade em repouso e durante atividades cognitivas. Eles se concentraram em regiões específicas do cérebro conhecidas por desempenhar papéis importantes na depressão, identificando seis padrões distintos de atividade cerebral.

Subtipos influenciam na resposta ao tratamento

Para testar se os subtipos influenciavam a resposta ao tratamento, 250 participantes receberam antidepressivos comuns (escitalopram, sertralina, venlafaxina) ou foram encaminhados para terapia cognitivo-comportamental (TCC). Os resultados mostraram que as respostas variavam de acordo com o subtipo de depressão identificado, sugerindo que um diagnóstico mais específico poderia guiar tratamentos mais eficazes.

A importância do diagnóstico correto da depressão

O diagnóstico da depressão é essencialmente clínico e é feito com base na análise dos sintomas, histórico familiar, características psicológicas e perfil genético do paciente. Segundo o psiquiatra Daniel Oliva, da Gerência de Bem-Estar e Saúde Mental do Hospital Israelita Albert Einstein, identificar circuitos cerebrais específicos pode auxiliar na escolha do melhor tratamento para cada subtipo da doença.

Novo estudo pode direcionar tratamentos mais eficazes

Embora o método atual de escolha terapêutica ainda seja baseado em tentativa e erro, o estudo sugere que, no futuro, diagnósticos baseados em características cerebrais poderão oferecer uma abordagem mais precisa no tratamento da depressão. Para Oliva, entender qual circuito cerebral é afetado em cada caso é fundamental para aprimorar o diagnóstico e o prognóstico da doença.

Como informações da Agência Einstein