O Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ) enviou uma equipe de especialistas para Maceió, Alagoas, a fim de avaliar os riscos associados às atividades de mineração de sal da empresa Braskem, especialmente o potencial colapso da Mina 18 no bairro Mutange.
A equipe, renomada por sua experiência em riscos geológicos, está programada para realizar reuniões e um sobrevoo na segunda-feira (04/12) para determinar as estratégias mais eficazes para apoiar o Governo do Estado de Alagoas no monitoramento e enfrentamento dos danos causados pela extração de sal-gema.
Como o primeiro órgão especializado no país a chegar a Alagoas para esse propósito, o DRM traz uma experiência essencial para auxiliar no diagnóstico da situação e fornecer orientações sobre a mitigação dos riscos. O departamento atou anteriormente, principalmente durante as enchentes em Petrópolis em 2022.
No final de semana, a Defesa Civil de Alagoas relatou a detecção de um novo tremor com magnitude de 0,89 a uma profundidade de aproximadamente 300 metros. Outro tremor, registrado em 0,39, já havia ocorrido na sexta-feira (1/12). A Mina 18 está situada a uma profundidade de mil metros sob o bairro Mutange. A mina é uma das 35 cavidades abertas pela Braskem para exploração de sal-gema, um elemento crucial na produção de soda cáustica e cloreto de polivinila (PVC). Desde que os problemas relacionados à extração de sal-gema começaram em 2018, mais de 14 mil propriedades foram evacuadas, afetando cerca de 60 mil pessoas.
"Estamos trabalhando em sinergia com as Defesas Civis do estado e do município e vamos apoiar na criação de um protocolo de ação para ajudar a melhorar o trabalho local. O plano, além do apoio técnico, também ameniza o impacto social que os locais enfrentam diante dessas circunstâncias. Vamos ficar aqui, a princípio, até o próximo fim de semana auxiliando os órgãos locais", explicou Luiz Magalhães, Presidente do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro.
Sobre o DRM-RJ
O Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro atua em diversas áreas, incluindo mineração, riscos geológicos, petróleo e gás, geoturismo, questões ambientais, hidrogeologia e geologia básica e aplicada.
Entre suas atividades estão a análise e divulgação de informações sobre riscos geológicos, fornecendo insights para a tomada de decisões governamentais no setor de petróleo e gás, disseminando informações sobre o patrimônio geológico do estado e criando mapeamentos geológicos.
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