
Polícia Federal prende Braga Netto sob acusação de obstrução
A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado (14), o ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto. Ele é investigado no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A prisão foi motivada por suspeitas de que o general estaria atrapalhando a livre produção de provas durante o processo penal.
Braga Netto foi detido em sua residência, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Além disso, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do coronel Peregrino, assessor do general, e na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília.
Mandados expedidos pelo STF
Os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Após a prisão, Braga Netto será entregue ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.
Relações com a tentativa de golpe
Braga Netto foi indiciado pela Polícia Federal no mês passado junto a outras 36 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele é acusado de participação em atos relacionados à tentativa de golpe e à obstrução de investigações.
A PF também revelou que uma reunião para discutir um plano golpista teria ocorrido na casa do general, em 12 de novembro de 2022. Entre os objetivos do plano, estaria a abolição do Estado Democrático de Direito e o impedimento da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Operação 142 e indícios encontrados
Durante as investigações, a Polícia Federal encontrou na mesa do coronel Peregrino um esboço de ações denominado “Operação 142”. O documento, que fazia referência ao artigo 142 da Constituição Federal, tratava de estratégias para promover uma ruptura institucional após a derrota eleitoral de Bolsonaro.
O texto encerrava com a frase “Lula não sobe a rampa”, indicando a tentativa de impedir a posse do presidente eleito.
*Com informações da Agência Brasil
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