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O impacto das medidas econômicas na redução dos preços dos alimentos

Foto do escritor: Márcio KerbelMárcio Kerbel



A alta dos preços dos alimentos tem sido uma preocupação constante para os consumidores brasileiros. Nos últimos meses, o aumento do custo da cesta básica pressionou o orçamento das famílias, gerando apreensão e dificultando o acesso a itens essenciais.


Diante desse cenário, o governo federal anunciou um pacote de medidas para reduzir os preços, incluindo a isenção de impostos de importação sobre produtos estratégicos e a ampliação dos estoques reguladores.


Isenção de impostos e estímulo à oferta


Uma das principais ações do governo foi a isenção de tarifas de importação para itens como azeite, café, milho, óleo de girassol, biscoitos, macarrão e carnes. Com a eliminação desses tributos, a expectativa é que o custo de importação diminua e que esses produtos cheguem mais baratos ao consumidor final. Essa estratégia busca aumentar a oferta no mercado interno, reduzindo a pressão sobre os preços.


Além disso, a ampliação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) por um ano permitirá que produtos certificados nos municípios sejam comercializados em todo o país. A medida tem como objetivo incentivar pequenos produtores e ampliar a concorrência no setor alimentício, o que pode contribuir para a redução dos preços.


Estoques reguladores: uma ferramenta para estabilizar preços


Outra iniciativa anunciada pelo governo foi a formação de estoques reguladores por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O objetivo é criar uma reserva estratégica de produtos da cesta básica para evitar oscilações bruscas nos preços.


Historicamente, os estoques reguladores foram utilizados para garantir a estabilidade dos preços em momentos de escassez. Nos primeiros mandatos do presidente Lula (2003-2010), essa estratégia foi aplicada para conter variações no preço do arroz, do feijão e do trigo, com certo êxito em evitar aumentos excessivos. No entanto, ao longo dos anos, essa prática foi reduzida, tornando o mercado mais vulnerável a flutuações sazonais e crises de oferta.


Comparação com governos anteriores


Durante os primeiros governos de Lula, diversas políticas foram implementadas para controlar a inflação e garantir o acesso a alimentos básicos. Além dos estoques reguladores, houve subsídios para pequenos produtores e programas de incentivo à agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).


Entretanto, o contexto econômico atual apresenta desafios distintos. A desvalorização cambial e o aumento dos custos de produção no setor agropecuário podem limitar o impacto das novas medidas. Além disso, a eficácia da isenção de impostos dependerá da resposta do setor privado, que precisa repassar a redução de custos ao consumidor final.


Perspectivas para o sucesso das medidas


O sucesso dessas iniciativas dependerá de vários fatores, incluindo a capacidade do governo de fiscalizar a aplicação das isenções e garantir que os preços realmente sejam reduzidos. O lançamento do "Selo Empresa Amiga do Consumidor", que busca incentivar empresas a manterem preços equilibrados, pode ajudar a monitorar o impacto da política.


Além disso, o reforço nos estoques reguladores pode contribuir para evitar aumentos inesperados nos preços. Contudo, essa estratégia requer planejamento logístico eficiente e capacidade de resposta rápida às oscilações do mercado.


Em um cenário de desafios econômicos globais, a combinação de incentivos tributários e controle de oferta pode aliviar a pressão sobre o consumidor. O êxito das medidas dependerá da articulação entre governo, produtores e varejistas, além da eficiência na execução das políticas públicas.


Se essa estratégia surtir efeito, poderá representar um alívio no orçamento das famílias brasileiras, especialmente as de menor renda, que são as mais impactadas pela alta dos preços dos alimentos.


Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil l

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