Nesta sexta-feira (12), ciclistas e artistas de todo o Brasil unirão forças para homenagear Julieta Hernández, palhaça e cicloviajante venezuelana, brutalmente assassinada em Presidente Figueiredo (AM) no final do ano.
Em Niterói, o evento terá concentração na Praça Araribóia às 17h30, seguida por uma bicicletada coletiva. A cidade, reconhecida regionalmente por sua liderança em mobilidade cicloativa, se junta a essa mobilização nacional em solidariedade a Julieta.
Para Filipe Simões, coordenador do Programa Niterói de Bicicleta, a participação da cidade é crucial diante da triste realidade do feminicídio que atingiu Julieta. Ele destaca que Niterói busca se unir à mobilização nacional para lembrar a vida da artista e transformar sua trágica partida em um apelo contra a violência.
Julieta Hernández, de 38 anos, era venezuelana, palhaça, cicloviajante e bonequeira. Com o grupo Pé Vermei, formado por artistas e cicloviajantes, ela pedalava pelo Brasil havia oito anos. Seu último trajeto, do Rio de Janeiro à Venezuela, foi interrompido de forma brutal em Presidente Figueiredo, onde foi estuprada, assassinada e enterrada por um casal que a roubou. Os criminosos confessaram o crime e foram presos em flagrante.
A história de Julieta reflete sua paixão pela palhaçaria, seus estudos em teatro e sua jornada de oito anos explorando o Brasil de bicicleta. Ela se tornou uma referência de artista nômade e migrante na América Latina, participando de iniciativas coletivas, como a Red de Payasas Venezolanas e os Palhaços Sem Fronteiras no Brasil. A brutalidade de sua morte destaca a urgência de combater a violência contra as mulheres e promover a segurança em viagens, mesmo em solo brasileiro.
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