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Mídia trata disputa democrática pelo comando do PT como "guerra pelo poder"

Bepe Damasco


                                                                                          

Nem Freud explica a fixação da imprensa comercial pelo Partido dos Trabalhadores. 


Embora a mídia já tenha feito o obituário do partido incontáveis vezes em vão, sempre há a possibilidade de se explorar um ângulo novo para atacar o PT. Mas a vida é dura para os detratores do partido, afinal já são 45 anos de lutas e conquistas, presença em todo o território nacional, militância numerosa, fiel e aguerrida.


Uma força viva e real dessa magnitude, com quase 3 milhões de filiados e forte influência na sociedade, não é fácil de se condenar à irrelevância, como sonham o mercado financeiro, o agronegócio e seus porta-vozes no cartel midiático, além de toda sorte de conservadores e da extrema-direita.


Mas quem disse que a imprensa desiste? A bola da vez agora é a natural e democrática disputa pelo comando do PT, tratada pela imprensa como "racha insanável", "fim da unidade partidária", "motivo de dor de cabeça para Lula", "guerra pelo poder", "grave crise no PT" e por aí vai.


Por óbvio, um partido grande e de massas como o PT comete erros e têm problemas sérios que não podem ser menosprezados, pois não são nada desprezíveis os desafios e obstáculos a serem vencidos e superados nesta quadra complexa da história do Brasil e da humanidade.


Isso é uma coisa. Outra bem diferente é esconder do distinto público informações essenciais sobre o funcionamento democrático do PT.


Que partido político exibe tamanha vitalidade democrática, a ponto de eleger suas direções com o voto de centenas de milhares de pessoas?


Como tudo que envolve disputa entre seres humanos, é impossível não haver algum nível de estresse e desgaste nas relações pessoais e políticas entre dirigentes e militantes.


Se é verdade que o Processo de Eleições Diretas (PED) do PT está longe de ser a 8ª Maravilha da Terra  (vire e mexe surgem denúncias de práticas fisiológicas e pouco éticas por parte de alguns candidatos), seu saldo positivo é evidente, na medida em que mobiliza filiados e militantes para escolher as direções, amplia a participação e alarga os horizontes da democracia partidária. 


Contudo, acostumada às decisões monocráticas e verticais próprias do caciquismo reinante na imensa maioria das agremiações políticas brasileiras, a imprensa teima em tentar vestir esse mesmo figurino no PT. 


O debate de ideias, propostas e a divergência têm a ver com própria essência do PT. Está no DNA petista. 


Mas isso a mídia vai seguir fingindo que não vê.

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