Governo vai investigar denúncias de assédio contra o ministro Silvio Almeida

Controladoria-Geral da União e Advocacia-Geral da União abrem investigações; ministro nega acusações

O governo federal iniciou investigações sobre supostas denúncias de assédio sexual envolvendo o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. As denúncias foram divulgadas pela imprensa e confirmadas pela organização Me Too Brasil. O ministro foi convocado na quinta-feira (5) para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.

Investigação das denúncias de assédio contra Silvio Almeida

A Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria Geral da República (PGR) foram acionados para investigar as acusações. A Comissão de Ética da Presidência da República também decidiu abrir um procedimento para apurar o caso.

Segundo nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), o governo federal reconhece a gravidade das denúncias e afirmou que o caso será tratado com rigor e celeridade, respeitando a seriedade de situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres.

Denúncias foram encaminhadas pela Me Too Brasil

A organização Me Too Brasil confirmou ter recebido denúncias contra o ministro Silvio Almeida. Em comunicado, a entidade informou que as vítimas foram atendidas e receberam acolhimento psicológico e jurídico. A reportagem inicial do site Metrópoles indicou que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estaria entre as vítimas, mas até a manhã desta sexta-feira (6), ela não havia se manifestado sobre o caso.

Silvio Almeida nega acusações e aciona a justiça

Em nota à imprensa, Silvio Almeida repudiou as acusações, classificando-as como mentiras e ilações. O ministro afirmou que solicitou investigações para que os fatos sejam apurados com rigor. Almeida acionou a justiça nesta sexta-feira (6) para pedir explicações da organização Me Too Brasil pelas denúncias e solicitou que as informações sejam enviadas em até 48 horas.

O ministro destacou que qualquer denúncia deve ter materialidade e afirmou que as acusações sem provas não condizem com a realidade. Ele também mencionou que existe uma tentativa de prejudicar sua imagem enquanto homem negro em uma posição de destaque no governo.

Próximos passos e desdobramentos do caso

O presidente Lula deve se reunir com Silvio Almeida e Anielle Franco nesta sexta-feira (6) para ouvir o relato de cada um. Segundo fontes, o presidente pretende aguardar a conclusão das investigações conduzidas pela CGU e pela AGU antes de tomar qualquer decisão sobre o caso.

Da Redação, com informações da Agência Brasil.