O governo federal anunciou nesta quinta-feira (25) a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) para a indústria automotiva, possibilitando a redução de até 10,96% nos preços de veículos novos. A medida será possível com critérios de preço, eficiência energética e densidade industrial no país por até 12 meses.
A decisão foi anunciada em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes de entidades de trabalhadores e fabricantes da indústria automotiva, no Palácio do Planalto, em Brasília. No encontro, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin discutiram medidas de curto prazo para ampliar o acesso populacional a veículos novos.
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), será possível comprar veículos populares por até R$60 mil. Atualmente, não é possível comprar um carro popular por menos de R$ 68 mil. O vice-presidente explicou que haverá uma metodologia de descontos que levarão em conta três critérios: questão social; eficiência energética e densidade industrial.
O Brasil vem sofrendo um processo de desindustrialização, devido ao Custo Brasil, estimado em R$1,5 trilhão. Para reduzir esse custo, o governo aposta na reforma tributária, em discussão no Congresso Nacional.
O setor automotivo atualmente trabalha com 50% da sua capacidade instalada e, neste ano, já houve 14 momentos de paralisação de fábricas, devido à falta de semicondutores e do problema de oferta pela pandemia da covid-19. Por isso, além de incentivos, investimentos e financiamentos são fundamentais para garantir seu aquecimento.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu uma linha de crédito de R$2 bilhões só para produtos de exportação, financiados em dólar, e ofertou mais R$2 bilhões para que empresas exportadoras realizem investimentos na modernização da sua linha de produção.
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