A Casa da Ciência da UFRJ abrigará um projeto pioneiro no mundo da arte urbana: o "Graffiti #PraCegoVer", que apresenta o primeiro grafite em braille do mundo. Este projeto revoluciona a forma como pessoas com deficiência visual experimentam a arte de rua, abrindo oportunidades de inclusão artística. A iniciativa surgiu da percepção de que, embora as pessoas com visão possam apreciar a arte urbana, os deficientes visuais são privados dessa experiência. O projeto consiste na criação de murais de grafite acompanhados de textos em braille que descrevem detalhadamente como imagens, núcleos e dimensões, proporcionando uma experiência completa e inclusiva.
O curador do projeto, Roberto Parisi, destaca que a democratização da arte para além do sentido visual é transformadora do espaço público e promove a representação de diversos discursos históricos. O "Graffiti #PraCegoVer" envolve diálogos e parcerias com entidades sociais, produtores culturais, acadêmicos, engenheiros e artistas, promovendo a inclusão de deficientes visuais em toda a experiência artística.
Além dos murais em braille, o projeto realizará atividades para promover a inclusão, incluindo rodas de conversa com pessoas e pessoas com deficiência visual, workshops físicos e online para artistas aprenderem a aplicar a técnica do braille nos murais. Os murais, que contarão a história do projeto por meio da personagem Yoko, um macaco japonês que simboliza a luta pela inclusão e diversidade, serão exibidos publicamente por 60 dias.
Apoiado pela Premier Pet e pela Henkell Freixenet, o projeto "Graffiti #PraCegoVer" é uma colaboração multidisciplinar com profissionais de diversas áreas, incluindo consultores em pesagem 3D, um consultor de acessibilidade, designer, curador e produtores, garantindo que a técnica desenvolvida seja permanente e facilmente replicada em outros murais com a colaboração de novos artistas.
A exposição fica em cartaz na Casa da Ciência da UFRJ de 19 de outubro a 19 de dezembro.
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