A Americanas entrou oficialmente com um pedido de recuperação judicial, nesta quinta-feira, confirmando os rumores do mercado acionário.
Fundada em 1929, por um grupo de norte-americanos com o objetivo de abrir um loja de preços populares, a varejista que teve sua primeira loja em Niterói, passou por nove mudanças de moeda, uma guerra e quatro planos econômicos.
Desde o dia 12 de janeiro, no entanto, a empresa vive uma crise que pode definir o seu futuro, de seus investidores, credores e fornecedores.
A queda dos papéis da empresa em 75%, reflete o choque no mercado com a divulgação de inconsistências contábeis bilionárias e a demissão do CEO Sérgio Rial, que ficou apenas 10 dias no cargo.
A divulgação da existência de R$ 20 bilhões em "inconsistências contábeis" no balanço da varejista desencadeou reações dos credores como o banco BTG Pactual que nesta quarta-feira (18) conseguiu um mandado de segurança na Justiça para bloquear R$ 1,2 bilhão na conta da empresa junto à instituição financeira, como forma de se precaver de um possível calote.
O total dos créditos listados nos documentos protocolados com o pedido de recuperação judicial soma, nesta data, aproximadamente R$ 43 bilhões.
No Fato Relevante divulgado nesta quinta-feira, a empresa manifesta sua expectativa na recuperação. Em um trecho do documento ela reafirma a confiança que tem em sua capacidade operacional e comercial para que seja bem-sucedida na proposição e aprovação de um plano de recuperação que permita ganho de valor para a Companhia e seus stakeholders e mantenha o alto nível de experiência de seus consumidores e parceiros".
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2Você e Rudá Lemos
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